Chefe do Serviço de Cardiologia da Santa Casa de Porto Alegre destaca que o sedentarismo não é uma doença, mas sim um comportamento que decorre do estilo de vida das pessoas. A falta de atividades físicas eleva o risco de quadros de obesidade e desenvolvimento de diabetes, problemas cardiovasculares e, em alguns casos, de cânceres, alerta o cardiologista.
— O sedentarismo decorre de alguém que se acostumou. O homem sempre foi nômade, caminhava muito e a partir do momento que ou a se fixar mais nas cidades este indivíduo começou a praticar cada vez menos atividades físicas. A industrialização mudou tudo — explica o Leães.
Em um mercado profissional dominado por grandes escritórios e indústrias cada vez mais automatizadas – sem a necessidade de mão de obra humana –, muitos profissionais executam suas funções sentados, ando horas em posições similares. Este cenário possibilita o início de comportamentos sedentários, por isso é importante movimentar-se em meio às atividades profissionais.
Uma das dicas é ter atenção com a postura enquanto se está sentado, seguidamente mudar de posição e corrigir a coluna. Problemas posturais e ortopédicos são alguns dos casos mais comuns oriundos do sedentarismo.
O primeiro o para combater o sedentarismo é aceitá-lo e entender o comportamento. Mas, iniciar atividades físicas por conta própria e sem as orientações e recomendações de um médico e de um educador físico pode ser perigoso.
É importante consultar com um médico – cardiologista, por exemplo –, realizar um check-up de exames para identificar possíveis problemas clínicos.
— É para a pessoa saber se tem algum risco de saúde. Estamos falando de atividades que aumentam a frequência cardíaca, às vezes algum sintoma só se apresenta quando a pessoa dá início a esta atividade — salienta Baptista.
Com a liberação médica e a orientação de um educador físico, a pessoa está liberada para iniciar as atividades físicas.
*Matéria editada com base em entrevistas realizadas em março de 2024