Hospital de Clínicas enfrentava superlotação na última segunda-feira. André Ávila / Agencia RBS
A secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, anunciou que o Rio Grande do Sul irá ampliar o investimento para a Operação Inverno. A informação foi dada após a reunião com prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) nesta sexta-feira (23). Outras medidas também foram anunciadas.
A decisão ocorre diante do cenário de superlotação em boa parte das cidades. A medida busca aliviar a pressão no sistema e ampliar leitos para desafogar os hospitais.
O aumento dos recursos será tratado na próxima semana junto ao governador Eduardo Leite. Em 7 de maio, o governo já havia anunciado o aporte de R$ 20 milhões para a Operação Inverno.
— Iremos fazer uma proposta de incremento de algum recurso do tesouro do Estado para transferir aos hospitais públicos e filantrópicos para a reabertura de novos leitos. Vimos que mesmo na Região Metropolitana há possibilidade para expansão da rede — explicou Arita.
O Estado deve encaminhar duas solicitações ao governo federal: um pedido para reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma portaria para incentivo dos leitos para casos de síndrome respiratória aguda grave.
Durante a reunião, também foi tratada a negociação de um acordo com o Ministério Público para aplicação dos recursos mínimos em saúde. Pela Constituição Federal, o governo é obrigado a aplicar no mínimo 12% da receita no setor. No Rio Grande do Sul, esse percentual é atingido com a contabilização de despesas como a contribuição patronal para o IPE Saúde e outros gastos como aposentadorias e pensões.
Outro ponto em destaque foi a cobertura vacinal. Ainda segundo Arita, é necessário intensificar a imunização para evitar que o sistema fique mais sobrecarregado:
— É preciso reverter o quadro de baixa cobertura vacinal, uma vez que não haverá leitos suficientes se a população não cuidar da sua saúde.
Em meio a isso, o Rio Grande do Sul solicitou R$ 26,1 milhões ao governo federal para a abertura de 405 leitos hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os leitos serão abertos por três meses e irão atender pacientes adultos com casos respiratórios ou que necessitem de e ventilatório pulmonar.