
Soluções sustentáveis, novidades que visam a eficiência e o fomento do debate sobre boas práticas: desde esta terça-feira (20) até a próxima quinta-feira (22), Bento Gonçalves é o polo de discussão sobre como fazer da indústria um meio alinhado às demandas ambientais. Isso porque a cidade sedia a 10ª edição da Fiema Brasil, maior feira do Sul do país que trata de sustentabilidade no âmbito empresarial. A expectativa dos organizadores é receber mais de 10 mil pessoas até o fim do evento.
No Fundaparque, cerca de 100 empresas e 30 start ups do Sul e Sudeste expõem produtos e soluções voltadas a diferentes demandas do agro, construção civil e destinação de resíduos. Mais do que conectar empresas, o evento se propõe a fortalecer o debate sobre a produção sustentável e uma cadeia produtiva dentro da economia circular.
Conforme o presidente do evento, Jonas Brevia, a Fiema é um palco que aborda o meio ambiente com viés científico, tecnológico e inovador, sob a perspectiva de quem pensa sustentabilidade dentro do meio industrial e empresarial:
— A gente percebe que todos os segmentos da indústria caminham para modelos mais sustentáveis, porque é uma demanda do mercado e também do público. Por isso, além do meio empresarial, incentivamos que estudantes e a comunidade em geral venha até a Fiema e descubra como se cuida do meio ambiente — avalia.
Segundo Brevia, o papel da Fiema, em disseminar boas práticas, acaba influenciando na rotina das empresas, que por sua vez moldam a cultura local. O resultado, segundo ele, é uma maior propagação da consciência coletiva sobre a responsabilidade ambiental da sociedade.
— O que as empresas adotarem como mudança ambiental tende a se tornar cultura e ser absorvido por quem trabalha ali. Quanto mais as empresas realizarem boas práticas, mais reflexos terá na comunidade e fará dela mais consciente — pontua.
Conforme Brevia, a produção consciente e responsável será a chave do sucesso para o segmento empresarial e industrial. Isso porque além de se alinhar com as demandas atuais, gera valor agregado aos produtos.
— Cada vez mais a gente vai ter que produzir de maneira consciente e descartar de maneira responsável. É importante deixar claro a valorização da economia circular, o aproveitar mais, o produzir consciente, o descarte consciente. Esses processos dentro da indústria são muito fortes porque geram muito valor — explica.
Exemplo disso, citado por Brevia é a construção civil, que conforme ele tem se destacado pela capacidade em integrar as construções eficiência e destinação correta dos descartes, algo que, segundo ele, está muito mais avançado do que o descarte dos resíduos urbanos.
A Fiema ocorre paralelamente ao momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em Belém do Pará, um dos maiores debates globais sobre sustentabilidade. Nesse sentido, Brevia entende que o papel da Fiema vai além do meeting empresarial: demonstra o compromisso da Serra e do Rio Grande do Sul em se alinhar com práticas essenciais para o meio ambiente.
— Tudo veio a calhar para nos engajarmos em uma pauta tão importante. Há um ano tivemos a demonstração do como as mudanças climáticas podem afetar uma sociedade. Os gaúchos sentiram isso na pele. E isso só demonstra a necessidade e engrandece a importância de eventos como a Fiema Brasil.
Serviço
- O quê: 10ª Fiema Brasil
- Quando: até quinta-feira (22) das 9h às 20h
- Onde: Fundaparque – Alameda Fenavinho, 481
- Informações e ingressos: fiema.com.br
O o ao evento para os visitantes é gratuito. Basta preencher a inscrição prévia no site da Fiema Brasil. Contudo, para participar das palestras previstas durante os três dias é necessário pagar uma taxa, conforme o evento.