Esqueçam que se trata de um ator famoso, pensem que é apenas um ser humano acusado de um crime de violência doméstica que ele não cometeu. A acusadora foi sua ex-mulher, uma pessoa leviana que demonstra claros sinais de perturbação mental e perversidade. Agora pensem que um movimento social – o feminismo, no caso, na esteira do movimento #metoo – adotou um comportamento de massa e decidiu que a denunciante estava falando a verdade e pronto: destruíram a carreira e a reputação de Johnny Depp, mais conhecido pelo seu papel como o capitão Jack Sparrow da franquia Piratas do Caribe.
A tal acusadora chegou até mesmo a publicar entre 2016 e 2018 artigos no conceituado jornal The Washington Post supostamente em defesa de outras pessoas que sofreram e sofrem violência doméstica. Editores e jornalistas certamente partiram do pressuposto de que ela, como “vítima”, podia ser a voz de tantas outras vítimas anônimas, tudo para sinalizar uma virtude que nunca existiu. Seguiu-se desde então uma onda de cancelamentos, e Depp tornou-se um pária em Hollywood e nunca teve a chance de provar sua inocência.
Contudo, qualquer pessoa minimamente bem-informada e sensata sabia que essa história estava muito mal contada. Faz muito tempo que se vê nas redes sociais o pedido de “Justiça a Johnny Depp” para que se investigassem as acusações contra o ator, dado que a denunciante, sua ex-mulher e atriz Amber Heard, exibia um histórico de explosões de raiva, maus-tratos com equipes de filmagens e comportamento disruptivo. Johnny Depp, ao contrário, sempre foi conhecido por sua gentileza, bom caráter e solidariedade: há incontáveis vídeos e relatos públicos de suas visitas a hospitais infantis fantasiado de pirata – seu personagem mais famoso – além de doações polpudas para a caridade. Sua ex-mulher, a cantora sa Vanessa Paradis, e seus filhos, além de sua ex-namorada, a atriz Winona Rider, sempre confirmaram o bom caráter e a personalidade dócil do ator.
Finalmente, seis anos depois de ter destruído a carreira de Depp, Amber Heard está no banco dos réus sendo julgada por falso testemunho num processo por difamação. A verdade sempre vem à tona. Pode levar anos, pode levar quase uma década, mas a verdade é mais poderosa que a gritaria e o cancelamento desses movimentos e dessas agendas que compraram a ideia absurda de que, se uma mulher acusa um homem, imediatamente é ela quem está com a razão. Não é bem assim.
Para quem está acompanhando o julgamento, é possível observar claramente como uma pessoa mal intencionada manipula esses grupos sociais e agendas para atingir seus objetivos escusos. Que fique a lição: sinalizar virtude e fazer parte do grupo “do bem” nem sempre é atestado de integridade. O que vale são as atitudes individuais, a ética, a sensatez, a verdade e os fatos.