• Um "ficante" de Vitória
  • Dois jovens que teriam entrado no ônibus com ela no dia do crime
  • Dois homens que a assediaram no caminho para casa
  • Um rapaz que teria emprestado o veículo a eles, e deixou o bairro
  • O ex-namorado — identificado como Gustavo Vinícius Moraes, conforme apontou a reportagem do Fantástico
  • A Polícia chegou a pedir a prisão temporária do ex de Vitória por divergências em seu depoimento, que foi negada pela Justiça alegando que não havia suspeitas de que ele cometeu o homicídio.

    Até a atualização mais recente, nenhuma participação entre os sete investigados teria sido confirmada. Também não se sabe se a polícia conseguiu identificar todos os suspeitos.

    A pedido das autoridades, a investigação do caso corre sob sigilo e detalhes do que já foi apurado não devem ser informados à imprensa. Pelo menos 16 pessoas já foram ouvidas.

    Pedido de prisão preventiva negado

    A Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão de um ex-namorado de Vitória – identificado pelo Fantástico como Gustavo Vinícius – após inconsistências no depoimento, mas teve o pedido indeferido. 

    O delegado Aldo Galiano, da seccional de Franco da Rocha, disse que Vitória teria sido assassinada por "vingança". Isso porque existem indícios da participação de pessoas ligadas a uma facção criminosa

    — Há uma grande suspeita de que ele (ex-namorado) não teria participado o crime, mas que saberia que o crime seria executado — disse Galiano.

    O diretor da Polícia Civil de SP, Luiz Carlos do Carmo, informou que Vitória teria ligado para o ex no dia do desaparecimento. No depoimento inicial, ele teria afirmado que não conversava com a garota há quatro meses.

    Carro que pode ter sido usado no crime foi localizado

    A Polícia Civil de São Paulo localizou na sexta-feira (7) um carro que pode ter sido usado por suspeitos do assassinato de Vitória Regina de Sousa. O veículo estava em Cajamar, cidade onde aconteceu o crime, e irá ar por perícia.

    Moradores informaram que o carro foi abandonado na segunda-feira (3), dois dias antes do corpo da jovem ter sido encontrado, segundo o g1.

    Este é o terceiro veículo apreendido pela polícia ao longo da investigação. Todos estão ando por perícia para serem coletadas impressões digitais. Em um dos carros, fios de cabelo e um chinelo foram encontrados.

    Polícia prende primeiro suspeito

    No sábado (8), agentes policiais de São Paulo prenderam um dos suspeitos do assassinato de Vitória Regina. Maicol Antonio Sales dos Santos, dono do veículo prata visto na cena do crime, teve o pedido de prisão temporária, por 30 dias, acolhido pela Justiça. As informações são do g1.

    Conforme a decisão, a prisão foi decretada devido aos fortes indícios de envolvimento no assassinato, além das contradições no depoimento de Maicol. Testemunhas ouvidas durante a investigação relataram que o carro foi visto na cena do crime e ocorreram movimentações suspeitas na sua residência na data do desaparecimento da jovem.

    Vizinhos de Maicol informaram uma movimentação incomum naquela data, com o carro entrando e saindo várias vezes da garagem. O Toyota Corolla do suspeito ou a noite dentro da garagem, o que foi considerado incomum, já que o veículo costumava ficar estacionado na rua.

    A polícia pediu também a prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, terceiro suspeito de estar envolvido com o crime, porém a Justiça acolheu somente o pedido de busca e apreensão na casa dele.

    Conforme a decisão da Justiça, a conexão direta de Daniel com o ocorrido é uma foto no veículo dirigido por Maicol.

    Divergências entre depoimentos

    Maicol ou por audiência de custódia neste domingo (9) que manteve a prisão. A Justiça autorizou buscas na casa e a quebra de sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos do suspeito.

    A principal contradição, na visão dos investigadores, é o paradeiro de Maicol na noite em que Vitória desapareceu, em 26 de fevereiro. Ele disse aos policiais que estava com sua companheira em casa. A mulher negou e afirmou ter ado a noite na casa da mãe.

    — A motivação é o segundo momento. O primeiro momento é a colheita das provas. ando por isso, colocando as pessoas na cena do crime, mostrando quem são realmente essas pessoas, aí nós vamos em busca da motivação. O que ocasionou essa morte tão violenta — disse o delegado Luiz Carlos do Carmo ao Fantástico.

    Nota de pesar

    A Prefeitura de Cajamar lamentou a morte de Vitória e decretou três dias de luto oficial na cidade. Em nota, o município afirmou que mobilizou esforços desde o desaparecimento da adolescente, com apoio da Guarda Civil Municipal e cães farejadores. 

    Veja a nota completa abaixo:

    "A Prefeitura de Cajamar manifesta seu profundo pesar pelo falecimento da jovem Vitória Regina de Souza, cujo corpo foi identificado nesta quarta-feira (5). Esta é uma perda irreparável que causa imensa dor à sua família, amigos e a toda a comunidade cajamarense.

    Desde o desaparecimento de Vitória, todos os esforços foram mobilizados, incluindo a atuação intensa da Guarda Civil Municipal, que, com o apoio de cães farejadores, contribuiu para a localização do corpo. A istração municipal esteve em contato direto com a família da jovem, oferecendo e e acompanhando de perto esse momento de angústia.

    Neste momento de luto, nos solidarizamos com os familiares e amigos de Vitória. A Prefeitura de Cajamar seguirá à disposição para prestar toda a assistência necessária e reafirma seu compromisso em acompanhar de perto as investigações para que a justiça seja feita.

    Diante dessa tragédia, o prefeito de Cajamar, Kauãn Berto, decretou três dias de luto oficial em Cajamar, em memória de Vitória e em solidariedade a seus entes queridos.

    Agradecemos a todos que auxiliaram nas buscas e demonstraram apoio. Que Vitória seja sempre lembrada com carinho e que sua família encontre forças para enfrentar essa dor irreparável".

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