Apesar de Evandro ter relatado o caso com a cunhada, Baldasso diz que não há provas da relação.
— É a afirmação dele. Diz que era um segredo dos dois. Sabemos que ele levava a vítima para o serviço e que estava se separando. Ela não tinha redes sociais e nem aparelho celular. Não tinha envolvimento amoroso, que se saiba, com ninguém. As pessoas que ouvimos não desconfiavam de nada. Não conseguimos provar que havia ou que não havia esse relacionamento — afirma o delegado.
A polícia aguarda a quebra do sigilo bancário da vítima e o resultado de perícias, que indicarão se ela manteve relações sexuais e se os vestígios encontrados dentro da casa eram de sangue. A causa da morte também será confirmada. O legista antecipou à polícia que Elaine sofreu asfixia, mas ela também tinha lesões nas costelas, além de hemorragia interna.
— Alguns pontos, como esses ferimentos, precisam ser esclarecidos. Nos intriga uma pessoa sem antecedente cometer tamanha brutalidade. Os crimes violentos, em geral, têm histórico, mas não é o caso — diz Baldasso.
Responsável pela defesa de Ferreira, a advogada Tatiana Assis Machado Bersagui se manifestou dizendo que, embora ele tenha confessado o crime, "está muito arrependido e diz que agiu de forma inopina".
Em nota, afirma que Evandro "não tem antecedentes criminais, não é uma pessoa violenta, nunca agiu contra seus próprios familiares e/ou terceiros, não sendo aquele típico agressor da Lei Maria da Penha que pratica condutas reiteradas de ameaças, agressões físicas, entre outras".