
A imunização tem contribuído para a promoção da saúde de milhares de pessoas no Brasil e no mundo. De acordo com estudo liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 154 milhões de vidas foram salvas nos últimos 50 anos devido a esforços conjuntos entre governos, sociedade civil e instituições de saúde com campanhas de vacinação em massa. Isso é comprovado pela diminuição da incidência e a erradicação de doenças graves em todo o planeta.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, formulado em 1973, contempla ao menos 30 vacinas. O PNI considera tanto o calendário nacional de vacinação para recém-nascidos a pessoas idosas, quanto os grupos em condições clínicas especiais, como indivíduos em tratamentos de doenças como o câncer.
A vacinação no país é reconhecida como uma das mais eficazes estratégias para preservar e fortalecer a saúde da população. Não à toa ganhou uma data para a conscientização sobre sua importância, dia 9 de junho, quando se celebra o Dia Nacional da Imunização.
Proteção
Ao se vacinar, o indivíduo treina o corpo para se proteger de diversas doenças, estimulando o sistema imunológico para que ele acione mecanismos de defesa. Treinado pela vacina, o organismo começa a reconhecer quando entra em contato, por exemplo, com algum vírus.
O imunologista e médico cooperado da Unimed Porto Alegre André Becker explica que, ao ser exposta a uma pequena quantidade de um agente infeccioso, seja vírus, bactéria, microbactéria ou fungo, a pessoa, independentemente da idade, desencadeia uma primeira resposta do sistema imunológico à vacina.
— Uma pequena quantidade de estímulo, geralmente inofensiva ao organismo, é suficiente para que o sistema imunológico comece a produzir os anticorpos que a vacina apresenta. Essa exposição inicial também leva à formação de células de memória imunológica. O processo acaba envolvendo vários grupos de células, em especial os linfócitos, específicos para cada doença. Esses mesmos linfócitos são aqueles que coordenam a resposta imunológica, garantindo que o corpo já tenha uma defesa quando entrar em contato com um agente infeccioso — ensina.
Prevenção
É comum que a vacinação seja mais associada a crianças e idosos, por este público ter menos imunidade. No entanto, a imunização precisa ser sempre considerada para todas as idades. O imunologista explica que o calendário de vacinação é organizado internacionalmente por especialistas de diversas áreas da saúde que tentam prever a melhor sequência de prevenção para os diferentes públicos.
— Podemos usar o exemplo do sarampo. Todas as crianças têm o risco grave de contrair essa doença, logo, o calendário vacinal já prevê a primeira dose da vacina SCR-V aos 12 meses, e a segunda dose aos 15 meses (SCRV). Já os adolescentes, em geral, também têm o risco de complicações provocadas pela caxumba, então, são doenças muito comuns e extremamente fáceis de prevenir com imunizantes — ressalta.
Cuidado integral em todas as idades
Por estarmos expostos a agentes causadores de doenças ao longo de toda a vida, a médica infectologista cooperada da Unimed Porto Alegre Cynara Nunes reforça que todas as idades exigem cuidados.
A atenção deve começar ainda na gestação. Nessa fase, além de proteger a mulher, as vacinas contribuem para a imunização iva do bebê, reduzindo o impacto de doenças graves e o risco de hospitalizações dos recém-nascidos.
Na infância, o esquema vacinal é extenso e ajuda a construir uma base sólida de imunidade, protegendo a criança em diversas fases do desenvolvimento.
— O cuidado já começa no ponto zero, quando o bebê, ao nascer, faz as vacinas BCG e Hepatite B — afirma Cynara.
Na adolescência, as imunizações seguem com as doses de reforço da infância. Também se destacam as vacinas contra o HPV e a meningite ACWY, que previnem contra infecções sexualmente transmissíveis e doenças graves.
Já ao longo da fase adulta, além dos reforços vacinais, há doses específicas de acordo com as condições clínicas do indivíduo. Na terceira idade, com o enfraquecimento do sistema imunológico, a vacina protege contra doenças como gripe, pneumonia, herpes zóster e covid-19.
Reforços
Estar devidamente imunizado também pode implicar em tomar mais de uma dose para completar o esquema vacinal.
— Além das vacinas com doses específicas, também existem imunizantes que devem ser aplicados a cada intervalo de tempo. A indicação é sempre procurar um especialista para entender qual a vacina indicada para o momento e idade do paciente — ensina a infectologista.
Com o final do outono e a proximidade do inverno as temperaturas começam a baixar, o que acaba favorecendo a proliferação de vírus. Dessa forma, os casos de gripe e de síndrome respiratória aguda grave são crescentes nessa época.
— As vacinas da influenza, indicada para pessoas acima de seis meses, e covid-19, para crianças, adultos e idosos, já estão no calendário. Agora nós também contamos com a imunização do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), indicada para casos de síndrome respiratória aguda grave, e disponível para gestantes, crianças e idosos a partir dos 60 anos — completa a médica.
Atendimento lúdico para crianças

Crianças costumam ter medo de agulhas, e, consequentemente, de vacinas. A Clínica de Vacinas da Unimed Porto Alegre oferece um atendimento especial para os pequenos, com um ambiente lúdico e salas decoradas especialmente para criar uma experiência acolhedora e agradável.
Para que o medo fique do lado de fora, a Unimed Porto Alegre também oferece óculos de Realidade Virtual, o que acaba transformando a vacinação em uma experiência leve e divertida. Já o equipamento Buzzy Mini Health, alivia a dor durante a aplicação, garantido maior conforto as crianças.
