
Foi assinado na manhã desta segunda-feira (26) o contrato de concessão das placas de identificação de ruas de Caxias do Sul. O serviço vai ficar a cargo da Imobi All Space Infront Spe S/A, sociedade de propósito específico (SPE) formada pelas empresas Imobitarget Comunicação Visual Ltda, Infront Mídia Comércio e Representações Ltda e All Space Propaganda e Marketing Ltda.
O grupo venceu a licitação para a concessão, em abril, e terá que substituir e manter quase 19 mil placas de identificação de ruas ao longo de 20 anos. A remuneração pelo serviço será pela exploração de espaços publicitários, sem despesas para o poder público.
A confirmação do resultado da licitação ocorreu também em abril e o consórcio recebeu 30 dias de prazo para envio da documentação para de contrato. Entre os principais itens a serem cumpridos estava a criação da SPE, a empresa que efetivamente vai prestar o serviço. O prazo poderia ser prorrogado por mais 30 dias, mas acabou ampliado para além desse período devido à dificuldade do grupo em registrar a empresa. Com a enchente de maio, a Junta Comercial do Estado chegou a paralisar o atendimento.
— Os trabalhos da Junta Comercial e da Secretaria da Fazenda foram afetados, o que prejudicou a constituição da SPE — explicou na época o secretário de Parcerias de Caxias, Matheus Neres da Rocha.
Com a do contrato, a concessionária terá 30 dias para apresentar um plano de implantação, que precisa ser aprovado pelo município. A partir daí, o trabalho poderá ter início. A prioridade das equipes será instalar placas onde atualmente não há ou substituir em pontos onde elas estão desgastadas.
Conhecida pelo nome fantasia de Grupo Imobi, a Imobitarget Comunicação Visual Ltda tem sede em Porto Alegre e já opera a concessão das placas na Capital, com painéis publicitários estáticos e digitais. Já a Infront Mídia Comércio e Representações Ltda tem sede em Caxias e experiência em publicidades externa, enquanto que a All Space Propaganda e Marketing Ltda tem origem em São Paulo.
Novo modelo de identificação
Das quase 19 mil placas que serão substituídas, 2.495 serão fixadas em postes próprios em cruzamentos e outras 16.495 placas deverão ficar em postes de energia ou construções. O prazo para implantação de todas as placas é de dois anos, mas metade precisa ser fixada ainda no primeiro ano de contrato. A empresa também terá que manter equipe de plantão e reparar placas danificadas em até dois dias, em caso de manutenção, ou em 24 horas, em casos emergenciais, como acidentes.
Os chamados toponímicos também vão adotar uma nova característica. Além do nome da rua de forma resumida e completa, CEP e numeração das construções, os identificadores vão apresentar informações históricas relativas àquela denominação. No caso de um personagem histórico, por exemplo, vai haver a explicação de quem foi a pessoa. As cores das placas não serão alteradas, mas elas serão um pouco maiores do que as atuais.
Além do pagamento de R$ 1,3 milhão pelo direito de exploração do serviço, a empresa também terá que rear ao município 2% da receita bruta obtida com a venda dos espaços publicitários.