
A agem do técnico Claudio Tencati no estádio Alfredo Jaconi começou por volta das 11h30min desta quarta-feira (14), em sua apresentação oficial pelo clube.
E o treinador que veio do Atlético-GO já identificou alguns pontos importantes que fizeram o time cair bruscamente de rendimento a partir da quarta rodada do Brasileirão.
— O Juventude está ainda com a ferida aberta desde o Flamengo, e depois subsequente agora, nessa última rodada com Fortaleza, de novo machucou. Então, o que a gente vai ter que fazer internamente, o mais rápido possível? Fazer os atletas entenderem que tem que cicatrizar isso rapidamente, focar no próximo jogo, ele é o mais importante — avaliou Tencati.
Com os 5 a 0 sofridos para os cearenses na última rodada, o Verdão caiu para o 18º lugar na tabela. Uma situação que Tencati conviveu na temporada ada quando esteve no Criciúma. O Tigre foi rebaixado, mas o treinador garante ter a experiência necessária para lidar com este momento.
— Tivemos algumas particularidades que interferiram no processo de rendimento. Teve a culpa da comissão técnica, teve a culpa dos jogadores, teve a culpa da direção. Mas nós amos isso bem na reta final da competição. Ou você supera rápido essa dor, ou senão você vai ficar se martirizando. Vamos resgatar de novo a autoconfiança, resgatar a positividade daquilo que é equipe, a essência da equipe, a alma da equipe, e mobilizar.
Confira os principais trechos do que disse o treinador alviverde
Momento da equipe:
— Nós já começamos a mobilização. E claro que vai ter a questão tática também, a organização, aquilo da estruturação, o porquê que a equipe tem sofrido os gols. Identificar isso rapidamente, eu vi que em alguns aspectos, a bola parada tem sido um ponto que tem incomodado a equipe. Temos que buscar rapidamente sanar, estancar, gerar confiança de novo, e o Juventude voltar a estar equilibrado. E a partir daí é rodada a rodada. Até porque, a competição está no início, então está tudo em aberto ainda, não tem nada definido, e tudo pode mudar a nosso favor, e é o que a gente quer.
Por que decidiu vir ao Juventude?
— Pelo clube, pela sua história, pela sua tradição. É uma grande oportunidade, um clube que vive já esse segundo ano na Série A e com competência, então a gente estava a reconhecer isso, saudar o nosso torcedor, que a partir de hoje nós somos Juventude, e vamos defender as cores do Juventude com determinação e vamos entregar o nosso melhor. As torcidas aqui do Sul são diferentes de qualquer parte do Brasil, pela atmosfera.
Reforços
— Eu vejo que temos atletas em condições e um bom elenco. É óbvio que nós vamos precisar de contratações pontuais. Isso já debatemos também com a direção, mas isso é uma outra conversa na sequência, né? Agora, o objetivo é, rapidamente, mobilizar comissão, jogadores, direção, em prol do próximo jogo e desses jogos, até a parada, que é importante a gente ter resultado até a parada.
Esquemas táticos preferidos
— O futebol modernizou demais, então as ideias são variadas, é uma coisa que a gente tem que separar o que é sistema de jogo, são as formações que você leva para campo; se é um 4-2-3-1, 4-3-3, 4-4-2, e aí varia, né? Então, dentro de sistema, eu posso dizer que eu gosto de jogar no 4-2-3-1, 4-4-2, 4-3-3, já fiz várias formatações de equipes em ambas situações, pode variar de um jogo para o outro.
Utilização de Nenê
— Contra o Atlético Mineiro, na minha opinião, após a entrada do Caíque e de o Nenê, inclusive, no setor mais solto à frente, foram as principais jogadas ofensivas que a equipe conseguiu desenvolver e pressionar. Ele entrou e entrou muito bem. E nós vamos entender isso aí. É óbvio que eu não posso mais hoje com o Nenê falar pra ele, cara, você vai ter que vir no volante pra marcar. Então, quando eu fizer algo com ele, eu tenho que deixar ele solto.
Utilização da base
— Importante sempre estar tendo um olhar pros jogadores da base e por que não, em algum momento, estar utilizando um atleta, ou estar sendo inserido no processo do trabalho, pra ganhar amadurecimento, porque esse é o ativo do clube. Gosto muito que o treinador do sub-20 (Filipe Dias) e a gente não obriga o treinador a definir as mesmas ideias de modelo de jogo ou sistema, mas que ele comece a visualizar as ideias que a gente está tendo.