
Depois de um técnico gaúcho colocar o Caxias na Série C do Brasileiro, Gerson Gusmão, o Grená aposta em Dilceu Rocha Júnior, natural de São Leopoldo, para chegar à Série B do Brasileirão. O treinador está vivendo 100% o Grená em busca do o, mas a caminhada ainda será longa. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o torcedor conheceu um pouco mais de Dilceu ou Júnior Rocha.
— Quando eu comecei a jogar, era Júnior, todo mundo me chamava de Júnior, aí tinha um zagueiro que também era Júnior, só que o sobrenome dele era bem estranho, e aí ficou Júnior Rocha. Meu pai é Dilceu Rocha. A mãe conta que o meu pai foi registrar e era pra ser Daniel Rocha. Aí, o artista voltou com a certidão de nascimento de Dilceu Rocha Júnior. A minha mãe tinha vontade de matar ele, mas não podia fazer esforço por causa dos pontos da cesárea — riu o técnico.
Quando não está trabalhando, Júnior Rocha gosta de estar em casa, ir ao cinema e curtir uma praia. Ele também não dispensa um bom treino de academia. No supino, ergue 35kg em cada lado. Ele brinca que a árvore só é forte por causa da raiz, por isso treinar pernas também é importante.
— Confesso pra vocês que desde que eu cheguei aqui eu não consegui nem ir na academia. É muita coisa pra fazer. Eu gosto bastante de malhar. Básico, básico, não tem nada demais assim, mas é o básico bem feito — contou o técnico.
INVESTIMENTOS E PÉ DE INGÁ
A infância de Rocha foi em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele brincava em uma pracinha perto de sua casa e ficava sentado no cordão da calçada esperando seus amigos saírem da escola para jogar bola e muito comeu ingá, fruto de uma árvore nativa. Quando cresceu entrou para o futebol nas escolinhas do Aimoré e o mundo da bola ensinou além das quatro linhas.
— Eu gosto muito de investimento. Fiz curso já e tenho diploma de investimento em ações e fundos imobiliários, em ações nos Estados Unidos. Hoje, eu cuido bem das minhas finanças, assim, gosto demais de investimento. Nossa, cara, eu se fosse fazer uma faculdade, uma outra hoje, eu faria economia com certeza — revelou Júnior Rocha.
COMEÇO COM THIAGO SILVA

O treinador diz ser muito perfeccionista. Para ele, um defeito, pois sofre muito ainda mais no futebol, pois o sucesso depende de um grupo todo e não apenas uma pessoa.
Após ar pela base do Aimoré, o então jovem jogador se transferiu para o antigo clube RS, de Paulo César Carpegiani, também na região metropolitana. Neste período, jogou com atletas que ganhariam o cenário do futebol mundial, como Thiago Silva, ex-Juventude, e hoje jogador do Fluminense.
— O Rodrigo Caetano, nós jogamos juntos, o Naldo zagueiro, o Ederson. O Thiago Silva, chamavam ele só de carioca. Então, aram bons jogadores ali. Meu primeiro contrato de profissional foi com 19 anos. E aí, depois, parei em abril de 2011. Parei no novo, com 30 anos, porque aos 33 já era treinador profissional. Parei de jogar no Luverdense — detalhou Júnior Rocha.
Na cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Júnior Rocha também começou a carreira como treinador após pendurar as chuteiras. Ele tirou o Luverdense da Série C e colocou na Série B do Brasileiro, onde ficou quatro anos na segunda divisão nacional entre 2014 e 2017.
MELHOR TREINADOR
O treinador contou ainda que teve muitos aprendizados de dentro do campo. Quando jogador, fez parte do time do 15 de Novembro, da cidade de Campo Bom, quando chegou à final do Gauchão de 2005. Na época, o título ficou com o Inter na prorrogação, ao vencer por 2 a 1. Contudo, ele diz que melhor técnico que já trabalhou foi Leandro Machado, do 15. Atualmente, ele comanda o Glória de Vacaria na Divisão de o.
— No 15 de Novembro o técnico era o Leandro machado. Neste tempo trabalhei com Lisca e Tarcísio Pugliese, os três melhores que eu peguei, mas o Leandro disparado melhor — finalizou Júnior Rocha.