
Houve tempo em que não havia de três a quatro delas em cada quadra, tampouco plantão em todas as lojas aos finais de semana e atendimento 24 horas permanente. Redes nacionais dominando o mercado, com filiais espalhadas por diversos bairros, então, nem pensar. Com raríssimas exceções, a Av. Júlio e seu entorno eram os endereços sempre procurados.
Falamos das antigas farmácias e drogarias que atenderam a população entre os anos 1930 e 1990 - e que até hoje são lembradas, pelos mais variados motivos. Desde o atendimento pelos próprios donos, ando por aquele farmacêutico de confiança, até pelo “fiado” e pelas enormes balanças na porta para “se pesar de graça” - uma febre entre as crianças de outrora.
Entram aí as lendárias farmácias D’Arrigo, Confiança, Ramos, Guimarães, Santa Teresa, Santa Maria, Rosa e Minerva, além das drogarias Americana e Velgos. Hoje recordamos da inauguração da Farmácia Minerva, em 2 de abril de 1949.
Empreendimento da firma Covolo & Bortolucci, a Minerva situava-se na Rua Sinimbu, 1.601, entre a Marquês do Herval e a Borges de Medeiros. De propriedade dos senhores Humberto Bortolucci - de Bom Jesus - e Nelson Covolo - da antiga farmácia da Maesa -, o estabelecimento foi anunciado pela imprensa da época como de “instalações modernas, profissional competente e serviço noturno permanente”.

ATENDIMENTO MÉDICO
Conforme destacado pelo jornal “O Momento” em sua edição de 4 de abril de 1949, também participaram da solenidade o vice-prefeito, Angelo Costamilan; o empresário Júlio João Eberle, o senhor Paulino Battastini, representante do Banco Industrial; o jornalista Mário Gardelin e os médicos Renato Del Mese, Décio Merlotti Pereira e César Serafini.
Já nas páginas do Pioneiro foi detalhado “o completo e eficiente atendimento noturno, inclusive serviço médico, para atender a população a qualquer hora do dia ou da noite. Atenderá também pessoas que residirem no interior do município, bem como as de municípios vizinhos”.
Detalhe: segundo registros na imprensa da época, o coquetel de inauguração foi regado a champanhe, cerveja e docinhos.

AS PLANTONISTAS
Algo bastante comum nos jornais dos anos 1940 e 1950 era informar a população sobre as farmácias de plantão no final de semana. Na imagem abaixo, a lista publicada pelo jornal “A Época” de 21 de fevereiro de 1952, destacando o rodízio entre elas aos domingos, no período de fevereiro a maio de 1952.
