
Viviana Villalba, a vítima do atropelamento que a deixou presa ao carro por 3 quilômetros no trecho entre Giruá e Santo Ângelo, no noroeste gaúcho, na madrugada de domingo (8), estava no Rio Grande do Sul há apenas duas semanas.
Natural de Dos de Mayo, na Argentina, ela trabalhava em uma boate às margens da RS-344. Ela deixa uma filha de quatro anos. A jovem completou 22 anos no domingo, data em que foi atropelada.
O tempo de permanência no Brasil foi informado por um conhecido da vítima, que pediu para não ser identificado. Segundo o homem, Viviana já havia trabalhado na cidade antes, saiu por um tempo e retornou no final de maio.
A mulher foi atropelada por volta das 3h40min na RS-344, entre Santo Ângelo e Giruá, mas o corpo ficou sobre o veículo até o condutor chegar em casa. Segundo a polícia, o atropelamento foi em frente à boate. O local estaria fechado no momento em que Viviana saiu.
— Pelo o que pudemos ver nas câmeras, ela saiu com uma caixinha de música, o celular e a chave da residência. Procuramos e não achamos nada — afirmou.
O amigo lamenta o fim trágico daquela noite, e relembra que Viviana se dava bem com todos:
— Era uma guria excelente, uma filha para a gente. Era educada, não tínhamos nada para nos queixar dela.
Polícia Civil investiga o caso
Um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso. No momento, as equipes buscam e recuperam imagens de câmeras de videomonitoramento, disse a delegada Elaine Maria da Silva.
O que se sabe até o momento é que Viviana foi atropelada em frente à boate, que fica às margens da rodovia. O corpo da jovem ficou preso em cima do veículo, e foi carregado até a cidade, quando a polícia foi acionada.
O motorista relatou às autoridades que achou ter atropelado um animal, mas que havia muita neblina no trecho e não parou por insegurança de permanecer no local. Alguns quilômetros depois, a ageira que o acompanhava percebeu que havia uma perna sobre o vidro traseiro do carro.
Uma câmera na cidade de Giruá capturou as três vezes em que o motorista a pela mesma rua com o corpo de Viviana no teto do carro.