Com duração de cerca de 20 minutos e ventos de até 150km/h, o tornado que atingiu Erval Grande, no norte gaúcho, destelhou 250 casas e deixou 40 famílias desalojadas. O fenômeno aconteceu na tarde de sexta-feira (9) e causou estragos no interior do município de pouco mais de 4,9 mil habitantes.
A prefeitura e a Defesa Civil Municipal começaram o trabalho de reconstrução na manhã deste sábado (10). O levantamento aponta para 50 quilômetros de rede elétrica danificados, estradas bloqueadas pela queda de árvores e 20 estabelecimentos comerciais destelhados. Uma área de cerca de 60 hectares de madeira de reflorestamento também foi destruída.
Na tarde deste sábado (10), a Defesa Civil Estadual confirmou que o fenômeno foi um tornado. A conclusão veio após análise das condições atmosféricas, imagens do radar meteorológico de Chapecó (fornecidas pela Defesa Civil de Santa Catarina à Defesa Civil gaúcha) e evidências observadas no local, disse o órgão em nota à imprensa.
— Podemos sugerir que a velocidade das fortes rajadas de vento possa ter variado de 110 a 150 km/h — disse a meteorologista da Climatempo, Patrícia Cassoli, à reportagem de GZH o Fundo.
Não há registro de feridos. A prefeitura de Erval Grande já começou os trabalhos de limpeza e reparo dos danos.
Como se formam os tornados

Os tornados são fenômenos atmosféricos extremos que se formam a partir de nuvens de tempestade em condições meteorológicas instáveis. São caracterizado por um funil de ventos que gira em alta velocidade ao redor de um centro de baixa pressão. Quando esse funil toca o solo, o evento a a ser classificado como um tornado.
Apesar de sua curta duração, os tornados podem causar grande destruição, com ventos que ultraam os 300 km/h. A força dos ventos é capaz de devastar áreas inteiras em poucos minutos.
Para que o tornado se forme é necessário haver ar quente e úmido próximo ao solo e ar frio e seco em camadas mais altas da atmosfera. Foi o que aconteceu no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, com a chegada de uma frente fria.