
O receio de que a gripe aviária prejudique outras criações de aves no Rio Grande do Sul fez com que produtores redobrassem o cuidado para evitar contaminações. Mesmo a mais de 400 quilômetros de distância de Montenegro, a cidade com o primeiro foco da zoonose, municípios do norte e noroeste gaúcho reforçaram as medidas sanitárias e estão em alerta para conter a doença.
Um exemplo é na granja de Rafael Dirceu Busatto, localizada em Seberi, no norte gaúcho. O aviário tem capacidade para 37 mil frangos e o trabalho é integrado com um frigorífico de Frederico Westphalen. Um treinamento o orientou a controlar o o de pessoas no aviário: só podem entrar pessoas que fazem parte do dia a dia das aves.
— Todo veículo que entrar na granja, com entrega de ração ou para manutenção, é dedetizado para evitar qualquer contaminação. Também tentamos inibir a aproximação de aves silvestres perto da granja, porque também são transmissores — explicou o agricultor.
As restrições se repetem em outra propriedade de Santo Cristo, na Região Noroeste, onde há um abatedouro de frangos junto à criação de aves. Desde o primeiro caso de gripe aviária, todos os veículos que entram na propriedade, incluindo os próprios caminhões, am pela dedetização.
— Hoje o nosso foco é com os caminhões que trazem os pintinhos de Caxias do Sul, além da prevenção entre um aviário e outro quando chega o fornecedor de ração ou fazemos o carregamento de frango, por exemplo. É essencial tomar esses cuidados — disse a empresária e criadora de frangos Jéssica Backes.
Algumas precauções são tomadas há mais tempo, como as telas contra pássaros, usadas para evitar a entrada de aves externas nos locais de criação.
— Quando surgiu a gripe aviária na Argentina (em fevereiro deste ano), as inspetorias veterinárias já aram orientações, então tomamos mais cuidado há mais tempo. E agora, com os casos no Rio Grande do Sul, o alerta é ainda maior — reforçou Jéssica.