A quantidade de água no organismo vai diminuindo ao longo das diferentes fases da vida. É maior na infância e vai se reduzindo com o ar do tempo. Por esse motivo, o idoso sente menos sede.
— A sensação de sede é diminuída. Não há tantos receptores que sinalizam a sede, e o organismo acaba desidratando mais rapidamente. Tem que cuidar o ano inteiro, mas em regiões com muito calor tem que cuidar mais — alerta a nutricionista Márcia Fidelix.
Fatores adicionais colaboram para a baixa ingestão. Pessoas acamadas ou com pouca mobilidade, que dependem do uso de fraldas, podem ficar constrangidas com a necessidade de outros terem ajudar no ritual de higiene. Para diminuir a necessidade de trocas, acabam por beber menos líquido. Outro motivo é o risco de quedas durante a noite, durante o deslocamento até o banheiro e de volta para a cama. Na tentativa de reduzir ou eliminar esses despertares, o idoso acaba restringindo demais o consumo de água.
— É importante tomar água desde o momento de acordar até duas ou três horas antes de dormir. Ter sono reparador e não correr risco de quedas de madrugada — complementa Márcia.
A necessidade diária de líquido pode ser calculada a partir de uma conta simples: 25 mililitros para cada quilo de peso (para o adulto de até 60 anos, são 30 mililitros por quilo). Assim, uma pessoa que pesa 60 quilos deve tomar um total de 1,5 litros por dia (60 x 25 = 1.500). Para simplificar, pense em oito a 10 copos de líquido diariamente. É o suficiente para eliminar as toxinas e hidratar as fezes, evitando que fiquem endurecidas.
Se o idoso não tem contraindicação para o consumo de líquidos, pode estabelecer a meta de 25ml por quilo de peso no inverno (quando sua menos) e de 40ml por quilo de peso no verão, recomenda a nutricionista Flávia Porto Wieck.