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Conforme o jornalista Paulo César Teixeira, estudioso da vida noturna de Porto Alegre, o poder público deixou a situação degringolar de tal forma – não incentivou a presença frequente da polícia, não multou quem transformava as ruas em baile funk –, que agora o Ministério Público adotou uma "postura esquizofrênica":

– Houve um abandono total, e agora partem para o outro extremo, que é a intervenção total. Por que conseguimos, na Copa do Mundo, criar um ambiente tão agradável para australianos e holandeses, mas não conseguimos criar esse ambiente para nós?

O prefeito Marchezan dificilmente vai ceder à recomendação do MP de limitar até a meia-noite o funcionamento dos bares, mas deve apresentar nas próximas semanas alternativas para minimizar os problemas. Já está em análise na EPTC uma proposta de proibir estacionamento na Rua João Alfredo, epicentro dos conflitos, entre as 21h e as 6h. A medida coibiria a invasão de carros com som alto que atravessam a madrugada tocando funk.

Até o final da semana, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Gomes, que está deixando o governo, deve apresentar uma sugestão de decreto ao prefeito: a ideia é proibir o funcionamento de bares que não oferecem banheiros nem espaço para o consumo de bebidas no seu interior. Seria o fim dos garajões que funcionam – legalmente, vale lembrar – na Cidade Baixa vendendo cerveja barata através de uma janelinha. Seus clientes consomem na rua e fazem xixi por ali também.

– Tem muita coisa para ser resolvida, mas não se resolve nada com uma medida arrasa-quarteirão – conclui o jornalista Paulo César Teixeira.

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