
Tem colaboração gaúcha no álbum MPC — Música Popular Carioca, que resgata a origem do funk do Rio de Janeiro e o projeta para a nova geração de artistas. Fredi Chernobyl, DJ, produtor musical e integrante da Comunidade Nin-Jitsu, atua na faixa e a Respeitar, com as vozes de Fernanda Abreu, Naldo Benny e BK. O disco, sob a batuta de Papatinho, foi disponibilizado nas plataformas digitais na quinta-feira (29) e conta ainda com nomes como Anitta, MC Cabelinho, Kevin O Chris e L7nnon, entre outros, no repertório.
— Eu e o Papatinho trocamos ideias sonoras há muito tempo. Aí, me disse estar fechando o álbum MPC, mesmo nome do instrumento que eu toco. Falou que cabia mais uma música, mas que só entraria se fosse muito boa. No mesmo dia, mandei o instrumental para ele, que aprovou e acrescentou algumas ideias — explica Fredi, que detalha como o hit e a Respeitar foi finalizado:
— Depois, começamos a conversar sobre quem poderia colocar a voz. Fizemos um bate-bola e falamos na Fernanda Abreu, primeira pessoa em que pensamos, porque é uma precursora no funk. Pensamos também que a voz do Naldo seria perfeita para o refrão, e o BK tem uma rima maravilhosa. Então, ficou o rap masculino do BK, o estilo da Fernanda Abreu e a melodia do Naldo, com o instrumental meu e do Papatinho. São muitos ingredientes excelentes na mesma música.
Conexão entre gerações
MPC é um projeto que une pioneiros do funk com os grandes nomes da cena atual, criando uma nova roupagem para o som no estilo “Miami Bass” que dominou os anos 1990. A ideia de Papatinho no álbum é modernizar o som ao mesmo tempo em que mantém suas raízes, proporcionando a conexão entre as gerações de artistas e, consequentemente, do público.
Segundo a assessoria de imprensa da gravadora Universal Music Brasil, o projeto terá uma turnê nacional para celebrar a cultura que tornou o funk um dos gêneros mais potentes do Brasil. A previsão para o início desses shows ainda não foi divulgada.
— O MPC — Música Popular Carioca é um dos projetos mais importantes da minha carreira. Sempre sonhei em fazer um álbum que celebrasse a grandiosidade do funk carioca, unindo os pioneiros do gênero com a nova geração. Esse disco não é só um resgate das raízes, mas também um o à frente, levando o nosso som para outro nível. É um trabalho feito com muito respeito, dedicação e a certeza de que o funk continua gigante e mais vivo do que nunca — celebra Papatinho, que já trabalhou com nomes como Marcelo D2 e Seu Jorge, além dos internacionais Kanye West, Travis Barker, Tyga e Shakira.