A investigação aberta em 2022 aponta o humorista como suspeito de ter vendido produtos de sua loja online, a Tá di Zuera, que não teriam sido entregues aos clientes.
À época, o humorista prestou depoimento à polícia e alegou ter sido vítima de estelionato praticado pelo então sócio, Anderson Boneti, que, segundo a versão dele, seria o verdadeiro proprietário da loja. O ex-BBB alegou ter sido contratado para fazer propaganda para a loja.
No entanto, no entendimento da Polícia Civil, o humorista tinha conhecimento dos casos de estelionato.
A investigação durou cerca de um ano e analisou o conteúdo de 73 vídeos e 370 ocorrências policiais por suspeita de estelionato.
Em agosto de 2023, Nego Di foi indiciado junto com Boneti. Ao encaminhar o inquérito à Justiça, a polícia também pediu as prisões de ambos.
A decisão da juíza Patrícia Pereira Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, pela prisão do humorista por estelionato foi tomada na última sexta-feira (12), mesmo dia no qual Nego Di e sua companheira foram alvos de outra operação, esta do Ministério Público, em Santa Catarina, que apura lavagem de dinheiro.
Na decisão, a juíza apontou que a prisão foi definida pois, segundo o Ministério Público, Nego Di e o sócio teriam seguido “na prática criminosa” e demonstravam ter recursos que possibilitariam uma fuga.
Nego Di foi preso no domingo (14) em Santa Catarina e segue detido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).Anderson Boneti é considerado foragido pela polícia, e segue procurado.
A defesa do influenciador entrou com pedido liminar de liberdade por meio de habeas corpus, que foi negado pela Justiça. A solicitação ainda será analisada pelo colegiado.