A mãe de Gabriela, Gerci da Rosa, relata que a filha era usuária de drogas desde os 11 anos. O pouco dinheiro que ela conseguia juntar com o trabalho de serviços gerais era gasto para pagar as nove internações da filha. Em seis oportunidades, ficou de 20 dias a um mês reclusa. Na última ocasião, ou três meses sob cuidados médicos.
Devido ao consumo de drogas, segundo a mãe, a jovem apresentava comportamento agressivo. Chegou inclusive a bater no ex-companheiro em um ataque de fúria, e decidiu terminar o relacionamento em maio deste ano. A jovem deixou o colégio e, conforme Gerci, parou na 5ª série.
Quando soube que a filha estava grávida, a mãe imaginou que Gabriela tomaria novo rumo. Mas, logo que o bebê completou um mês, o laço materno com o menino ficou estremecido. Ela reclamava que seria trabalhoso cuidar do pequeno. A avó, preocupada, assumiu a responsabilidade. Com o dinheiro da pensão do pai, cerca de R$ 300, colocou o menino em um creche no período que trabalhava.
— Se falasse alguma coisa, ela gritava e dizia que já tinha 18 anos – lembra.
Segundo a polícia, a jovem tinha antecedentes por roubo e agressão. A família acrescenta que Gabriela chegou a ficar internada na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) pelos delitos.