No Brasil, 33.590 jovens foram assassinados em 2016, sendo 94,6% do sexo masculino. Esse número representa aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. Considerando a década 2006-2016, o país sofreu aumento de 23,3%. O estudo pondera, no entanto, que parte desse incremento é reflexo do aprimoramento dos dados da saúde, que aumentou a notificação dos casos antes classificados como morte violenta por causa indeterminada.
Houve aumento na quantidade de jovens assassinados, em 2016, em 20 Estados, com destaque para Acre, com aumento de 85% e Amapá, com 41%, seguidos pelos grupos do Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Roraima, que apresentaram crescimento em torno de 20%. Pernambuco, Pará, Tocantins e Rio Grande do Sul tiveram crescimento entre 15% e 17%. Em apenas sete Estados houve redução no índice de jovens assassinados, com destaque para Paraíba, Espírito Santo, Ceará e São Paulo, onde houve diminuição entre 13,5% e 15,6% em comparação com 2015.
Em 2016, as taxas variaram de 19 homicídios por grupo de 100 mil jovens, no estado de São Paulo, até 142,7 em Sergipe, sendo a taxa média do país 65,5 jovens mortos por grupo de 100 mil. As três maiores taxas foram registradas nos estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Alagoas, e as três menores, nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.