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Conheça algumas técnicas de Mindfulness:

Meditação da respiração
O foco é observar com atenção a respiração. Durante os exercícios, pode-se utilizar contagem para auxiliar na concentração ou usar uma "âncora" (foco em uma parte do corpo) para dirigir a mente toda vez que ela dispersar.

Escaneamento corporal
Prática meditativa que convida a prestar atenção nas partes do corpo, através de um instrutor que vai guiando o foco para cada membro, ajudando a desenvolver uma maior consciência sobre as sensações.

Caminhada meditativa
É uma meditação que se faz caminhando, com atenção plena e foco no ato de caminhar.

Movimentos em mindfulness
Manobras corporais que promovem a consciência da relação mente-corpo, identificando que o movimento é uma extensão do comando da mente.

Meditação da compaixão
Envolve visualização de pessoas de quem gostamos, pessoas a quem somos indiferentes e pessoas com quem temos pequenas dificuldades. O senso de conexão promovido pela técnica motiva o contato com nossos sentimentos mais positivos e maduros, gerando bem-estar.

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Foco na tese de Mauricio

De difícil definição prática, o mindfulness abrange uma série de exercícios tanto físicos quanto mentais que devem ser realizados diariamente. Entre as técnicas mais comuns, estão meditação focada na respiração, escaneamento corporal e movimentos que promovem uma maior consciência da relação mente-corpo, entre outros.

Eles podem ser aprendidos em programas de oito semanas ou em cursos estruturados que abrangem atividades presenciais (junto a um instrutor) e à distância. Após conhecer as técnicas, é a regularidade das práticas, e não necessariamente o tempo que se dedica a elas, o mais importante para manter os benefícios a longo prazo.

- Prestar maior atenção nas sensações do corpo na hora de tomar um banho, por exemplo, já é um exercício importante - explica a psicóloga Daniela Sopezki, instrutora de minfdulness em Porto Alegre.

Quem sentiu na pele (e na mente) os resultados imediatos das práticas foi o psicólogo Mauricio Pinto Marques, de 31 anos. Há poucos meses de terminar um doutorado em psicologia do esporte, o jovem deparou com a dificuldade de focar no trabalho. Quanto mais ansioso ficava, menos conseguia escrever. Com o prazo de entrega da tese chegando ao final, ele decidiu buscar o mindfulness para se concentrar no "aqui e agora" e descobrir como aproveitar melhor o seu tempo. E logo percebeu que tinha feito a escolha certa:

- Eu estava estressado com a falta de tempo para estudar e trabalhar. O artigo, que estava demorando mais de um mês para escrever, consegui finalizar em três dias graças às técnicas que aprendi no curso e que comecei a colocar em prática.

Para Mauricio, o principal desafio não foi aprender os exercícios, mas incorporá-los ao cotidiano. Foi através de atitudes simples, como prestar maior atenção ao servir-se de café ou ao caminhar na rua observando o ambiente, que ele começou a alcançar os objetivos pretendidos. Agora, com o trabalho entregue, ele aguarda, mais relaxado, o dia de defender a tese.

- É muito comum que, no início, as pessoas dispersem bastante, o que é desagradável para alguns. Mas com o andamento do trabalho em grupo, elas vão mudando a relação com as manifestações de sua mente, entendendo que são estados ageiros - explica Daniela Sopezki.

Benefícios comprovados

Diferentemente do que possa parecer, o conceito de mindulness não tem nada de esotérico, místico ou transcendental. Desvinculado de qualquer religião ou crença, é na ciência que ele encontra suas bases. Conforme o psicólogo Tiago Tatton-Ramos, doutorando do Institute of Psychiatry em Londres, pesquisas que comprovam cientificamente os benefícios das práticas vêm sendo publicadas ao redor do mundo desde a década de 80. Entre elas, a melhoria física e mental em pacientes com doenças que vão desde o estresse até o câncer, problemas cardíacos, dores crônicas e pacientes com HIV.

- Há estudos sugerindo que a prática de mindfulness é capaz de alterar, positivamente, a própria anatomia do cérebro - explica Tiago.

No Reino Unido, as práticas já fazem parte do sistema público de saúde e são utilizadas para prevenir recaída em pacientes depressivos.

Veja o que mais a ciência tem a dizer sobre o mindfulness:

- Reduz sintomas de ansiedade, estresse e depressão

- Melhora a qualidade de vida de pacientes com dor crônica, câncer e fibromialgia

- Reduz o risco de depressão entre as mulheres grávidas

- Melhora a concentração e o aproveitamento escolar

- Auxilia na redução de peso

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