Carcinoma epidermoide 

O carcinoma epidermoide (CEC) também está relacionado à exposição solar progressiva e cumulativa. Sabrina conta que, assim como o CBC, o CEC costuma surgir com uma bolinha na pele vermelha, mas com uma casquinha, semelhante a uma verruga. Segundo ela, é essa crosta que pode diferenciar os dois tipos. 

— O CEC é mais agressivo que o CBC e é o segundo subtipo mais comum. Em pacientes transplantados e imunossuprimidos, é até mais frequente que o CBC. O CEC, quando aparece em alguma área da cabeça ou pescoço, tende a ser mais grave. Mas é mais comum que apareça em áreas que ficam expostas ao sol, como a face, o tórax e os membros superiores — descreve a dermatologista. 

A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de apresentar metástase.

Melanoma 

Esse é o mais raro, mas mais grave, uma vez que tem mais chances de se disseminar pelo resto do corpo. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, em forma de manchas, pintas ou sinais. O método ABCDE, segundo a dermatologista da Santa Casa, pode ajudar a identificar se uma pinta ou sinal pode ser um melanoma.  

— Se dividir a pinta em quatro e as partes não forem iguais entre si, significa que é assimétrico e isso pode ser um sinal. Se a borda for irregular, tiver mais de duas cores e diâmetro superior a 6mm, também é para ficar alerta. O melanoma também é caracterizado pela rápida evolução. Se a pinta surgiu de uma hora para outra ou dobrou de tamanho em poucos meses, é bom ficar atento — conta. 

Ela ressalta que se uma pinta ou sinal tiver essas características, não significa necessariamente que é um melanoma. A maioria das lesões, afirma a Sabrina, não será câncer de pele. Mas especialistas entendem que perceber esses sinais é importante porque o melanoma tem altas chances de cura quando diagnosticado precocemente. 

Prevenção, diagnóstico e tratamento 

Para evitar qualquer um desses três tipos de câncer de pele, as recomendações são simples. Usar e abusar do filtro solar, independentemente da estação do ano ou da temperatura do dia, e evitar a exposição solar proposital sem proteção das 10h às 16h, quando o sol está mais forte. Para aqueles que trabalham sob o sol, a dica é usar chapéus, óculos de sol – uma vez que o melanoma pode surgir no olho também – e proteger o corpo com roupas próprias para a exposição solar. 

— Outra forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Quem já teve muitas queimaduras de sol, tem histórico familiar de câncer de pele, pele claras e olhos claros, deveria ar anualmente por uma revisão geral da pele com objetivo de diagnosticar precocemente, uma vez que têm mais chances de desenvolver um desses tipos de câncer — defende a dermatologista da Oncoclínicas.  

A biópsia é a principal forma de diagnóstico. No consultório, o dermatologista aplica uma anestesia local, corta um pedaço do sinal e manda para análise em laboratório. Caso o resultado confirme um câncer de pele, o paciente tem duas opções de tratamento. Para câncer de pele não-melanoma, o paciente pode optar pela cirurgia de retirada do tumor, ou a radioterapia, para os casos aplicáveis e para pessoas que não podem ser operadas.  

— A cirurgia é resolutiva e, com ela, tem menos chances de o tumor voltar. Para o câncer de pele melanoma, o tratamento é a cirurgia. Em alguns casos, se tiver algum gânglio comprometido ou se a lesão não estiver só na pele, é necessário associar alguma terapia, como a imunoterapia, ao tratamento cirúrgico. Mas é apenas para uma porcentagem dos casos. Na grande maioria, a cirurgia resolve — relata a dermatologista da Santa Casa. 

As especialistas garantem que, em ambos os tipos de câncer de pele, as chances de cura são altas. Mas pontuam que é importante diagnosticar o mais rápido possível. O Ministério da Saúde afirma que os três tipos podem ser tratados, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

*Produção: Yasmim Girardi

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais

RBS BRAND STUDIO