Denúncias relacionadas à dengue em Porto Alegre aumentam em março e já representam o triplo dos atendimentos de fevereiro
A análise foi feita com 200 adultos que receberam duas doses do imunizante ou placebo, para avaliar a capacidade da segunda dose de aumentar os anticorpos. Após a primeira aplicação, a geração de anticorpos foi de 100% em quem já teve dengue e de 92,6% em quem nunca foi infectado.
Segundo o Butantan, a dose adicional não apresentou diferenças significativas, o que confirma que a istração de uma única dose da vacina é suficiente para produzir resposta imunológica contra a doença.
A vacina contra a dengue do Butantan é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro tipos da doença (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4). Ela é feita com os quatro tipos de vírus atenuados, que são enfraquecidos, induzindo a produção de anticorpos sem causar a doença.
Desde 2010 ,o Butantan, em São Paulo, está debruçado sobre a criação de um imunizante para a dengue, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). Com a pandemia, no entanto, o laboratório paulista voltou sua atenção para uma vacina contra a covid-19, que é a CoronaVac.
Em 2016, o São Lucas da PUCRS fechou parceria com o Butantan e tornou-se um dos 14 centros de pesquisa do Brasil que conduzem os testes da vacina contra a dengue. Segundo o hospital, os estudos devem entrar em nova fase neste ano, com recrutamento de novos voluntários em Porto Alegre e Pelotas nos próximos meses.
Se aprovada, a vacina do Butantan contra a dengue não será a primeira em uso no Brasil. Em 2015, a Anvisa aprovou o imunizante chamado Dengvaxia, do laboratório Sanofi-Pasteur. O medicamento é considerado , porque protege apenas contra dois tipos da dengue. Também se verificou que a vacina pode ter reações adversas em quem nunca teve a doença, e chegou a ser contraindicada nesses casos.