Denúncias relacionadas à dengue em Porto Alegre aumentam em março e já representam o triplo dos atendimentos de fevereiro
– Os dados epidemiológicos apontam para um aumento de casos de dengue este ano em relação ao ano ado, tanto de notificações quanto de confirmações. A tendência é seguir até mais ou menos junho, que é o período sazonal da doença – disse o biólogo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Jáder Cardoso, durante reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) Arboviroses, ocorrida na sexta.
Na próxima semana, o centro estadual de vigilância em saúde vai orientar os municípios sobre medidas a serem tomadas, como mutirões para eliminar o mosquito Aedes aegypti. O alerta epidemiológico recém-lançado já traz orientações a profissionais de saúde sobre como lidar com casos suspeitos.
– Quando os pacientes chegam aos serviços de saúde com sintomas gripais, é preciso avaliar não apenas a possibilidade de coronavírus, mas também de arboviroses como a dengue – afirmou a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos.
Na próxima semana, municípios irão receber capacitação do Cevs com apoio do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) e serão estimulados a realizar mutirões de limpeza. O objetivo é reduzir os criadouros de mosquitos que causam a dengue.
Em relação a outras doenças transmitidas pelo inseto, a SES comunicou que foram confirmados 11 casos de chikungunya (10 autóctones), principalmente no município de Água Santa, próximo a o Fundo. Houve ainda notificação de um caso importado de zika. Não houve registro de paciente com febre amarela, mas há casos observados entre primatas - indício de circulação do vírus, o que sinaliza a necessidade de vacinação, segundo a secretaria.