Em tempos de preocupação com crise hídrica, uma nova hidrelétrica está para ser construída em Veranópolis, município que ganhará cada vez mais protagonismo como matriz energética mais importante da Serra. O projeto é da Creral, cooperativa de energia com sede em Erechim.
A Usina Foz do Prata terá potência instalada de 49,3 de megawatt (MW). Isso significa que será a segunda maior usina energética de Veranópolis, ficando atrás da Usina Hidrelétrica Monte Claro, da Ceran, que fica no Rio das Antas e tem capacidade de geração de 130 MW. O município ainda tem outra fonte de energia, a Usina de Biodiesel da Oleoplan, que é a maior empresa da cidade. A nova hidrelétrica será construída no Rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul. O investimento é estimado em cerca de R$ 300 milhões.
Segundo Luciano Zanella, da Consulver, empresa que assessora a cooperativa no projeto, nesta fase está previsto também o levantamento das contrapartidas.
— Agora estão fazendo o mapeamento das áreas, identificação dos os e das melhorias para a balsa de Nova Roma do Sul com Veranópolis. Vai ser o terceiro maior retorno de ICMS da cidade. Será a terceira hidrelétrica do município e a gente brinca que Veranópolis pode se credenciar a ser o município mais energético do Estado — projeta.
O projeto já teve o termo de referência do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente aprovado na Fundação Estadual de Proteção Ambiental. O órgão também emitiu a autorização para manejo da fauna silvestre. Com isso, já iniciou a fase de levantamento a campo. Segundo o presidente da cooperativa de energia com sede em Erechim, Alderi do Prado, a previsão é de que, até abril de 2022, a cooperativa protocole na Fepam a solicitação da licença prévia. A intenção é que as operações se iniciem em 2024. As estimativas sobre o andamento do projeto foram apresentadas também ao prefeito de Veranópolis, Waldermar De Carli.
A Foz do Prata será a primeira usina hidrelétrica da Creral. Neste ano, a cooperativa está construindo usinas solares no Estado e em São Paulo e mais três Centrais Geradoras Hidrelétricas em Santa Catarina. Atualmente opera duas usinas próprias e outras cinco usinas em sociedade com investidores.
