No dia 6 de abril, Leandro Boldrini registrou uma ocorrência sobre o desaparecimento de seu filho, Bernardo. O Ministério Público, acredita que isso fosse parte do álibi criado pelo pai do menino. Na ocasião, Leandro comunicou que não sabia onde Bernardo estava. Mas, nesse momento, o menino já estava morto.
Acompanhe a cobertura da Rádio Gaúcha:
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três os.
De acordo com o pai, o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4 de abril, onde iriam comprar uma televisão. Bernardo teria dito que aria o final de semana na casa de um amigo. Ele deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu. No mesmo dia, o pai ligou para a rádio Farroupilha, pedindo ajuda para encontrar Bernardo, a quem se referiu como "esse menino".
Após dez dias de investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, que confessou à polícia ter participado do crime. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal.
No dia 10 de maio foi preso o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz. Segundo testemunhas, ele foi visto nas proximidades do local onde o corpo foi encontrado. A suspeita da polícia é de que ele tenha ajudado a abrir a cova.
Fora Evandro, que segue sendo investigado, a Polícia Civil indiciou os outros três presos - pai, madrasta e a assistente social - por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O inquérito, de 2 mil páginas, foi entregue à Justiça no dia 13 de maio. No mesmo dia, foi decretada a prisão preventiva dos três. Ministério Público de Três os denunciou Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz por envolvimento no assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos. O pai, a madrasta e a assistente social responderão por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima). Os quatro foram denunciados por ocultação de cadáver. Leandro Boldrini foi denunciado, ainda, por falsidade ideológica.