Anúncio foi feito na última semana pelo republicano, por meio de um vídeo na Truth Social.

A ordem do presidente Donald Trump proibindo cidadãos de 12 países de entrar nos Estados Unidos entrou em vigor nesta segunda-feira (9), revivendo medida semelhante implementada durante seu primeiro mandato.

O governo espera que a medida impeça a chegada de refugiados e restrinja ainda mais a imigração ilegal, à medida que o governo Trump expande sua repressão a estrangeiros sem documentos.

De acordo com a Casa Branca, a proibição inclui os seguintes países:

Muitos dos países afetados pela proibição têm rivalidades com os Estados Unidos, como Irã e Afeganistão, enquanto outros enfrentam graves crises internas, como Haiti e Líbia.

"Ataque terrorista"

Na semana ada, quando anunciou a proibição de entrada, Trump alegou que estava fazendo isso após um "ataque terrorista" contra judeus no estado do Colorado, no oeste do país.

Um homem de origem egípcia, que segundo as autoridades estava ilegalmente no país, atacou um grupo de manifestantes judeus que pediam a libertação de reféns israelenses em Gaza.

— O recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, ressaltou os perigos extremos representados pela entrada de estrangeiros que não são devidamente examinados — disse Trump em um vídeo postado no X.

Também impôs restrições parciais de entrada a cidadãos de Cuba, Venezuela, Burundi, Laos, Serra Leoa, Togo e Turcomenistão, embora alguns vistos de trabalho temporários desses países sejam permitidos.

Trump alertou que outros países poderiam ser adicionados à lista "conforme novas ameaças surgissem ao redor do mundo".

Copa do Mundo, Olimpíadas e diplomatas

A proibição não se aplica a jogadores de futebol que se classificaram para a Copa do Mundo de 2026, que os Estados Unidos estão co-organizando com Canadá e México, nem a atletas que participam dos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.

Também não se aplicará ao pessoal diplomático dos países afetados.

O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, alertou que "a amplitude da nova proibição de viagens levanta preocupações do ponto de vista do direito internacional".

Os legisladores democratas consideraram o veto inconstitucional.

"Eu conheço a dor da proibição cruel e xenófoba de entrada imposta por Trump porque minha família sofreu em primeira mão", disse a deputada Yassamin Ansari, cidadã com dupla nacionalidade americana e iraniana, no domingo no X.

"Lutaremos contra esse veto com tudo o que temos", acrescentou.

Autoridades dos EUA disseram que o suspeito do ataque no Colorado, Mohamed Sabry Soliman, estava no país com um visto de turista vencido, embora tivesse solicitado asilo em setembro de 2022.

A nova proibição de entrada não inclui o Egito.

A ordem observa que o Afeganistão governado pelo Talibã, a Líbia, o Sudão, a Somália e o Iêmen devastados pela guerra não têm autoridades "competentes" para processar aportes e conduzir investigações.

O Irã foi incluído por ser um "Estado patrocinador do terrorismo" e, para os outros países, a ordem de Trump cita a possibilidade de pessoas desses países ultraarem o prazo de validade de seus vistos.

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