• Musk criticou o projeto de lei orçamentária do republicano, que tramita no Congresso
  • Depois disso, Trump afirmou estar decepcionado com Musk durante encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca
  • Trump disse ainda que o dono da Tesla tinha conhecimento sobre o projeto e que não sabe se eles seguiriam tendo "uma ótima relação como antes"
  • Depois, Musk usou as redes sociais para negar saber sobre o projeto e disse que o presidente estava sendo ingrato: “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”
  • A fala de Musk inflamou Trump, que usou a Truth Social para ameaçar cortar os subsídios e contratos governamentais com empresas do bilionário.
  • O republicano afirmou ainda que "mandou Musk embora" do governo e acusou o empresário de estar "louco"
  • Em contrapartida, Musk fez publicação associando o republicano ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein. Ainda afirmou que "toda verdade vira à tona"
  • Em resposta ao post de Trump sobre os cortes de subsídios, Musk afirmou ainda que a SpaceX vai descontinuar a atuação da nave espacial Dragon, que buscou os astronautas Barry Wilmore e Suni Williams no espaço em março deste ano
  • A saída do governo

    Diferentemente do que foi visto nesta quinta, a saída de Musk do governo aconteceu de forma aparentemente amistosa. 

    O empresário Elon Musk anunciou sua saída no dia 28 de maio. Em post nas redes sociais, o bilionário agradeceu o presidente Donald Trump "pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários".

    Dois dias depois, Musk e Trump concederam entrevista coletiva no Salão Oval da Casa Branca. Na ocasião, o bilionário recebeu uma chave de ouro do presidente dos EUA e afirmou que pretendia manter contato com Trump.

    — Espero continuar sendo amigo e conselheiro do presidente — declarou Musk.

    Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu e elogiou o trabalho de Elon Musk no governo e disse que os resultados do trabalho serão vistos no "futuro".

    Bolsa reage

    Após polêmica entre Trump e Musk, a Tesla, empresa do bilionário pioneira em veículos elétricos, caiu ainda mais na Bolsa de Valores de Nova York nesta quinta. O negócio perdeu mais de de US$ 100 bilhões em capitalização de mercado em Wall Street.

    Às 19h5min (16h5min no horário de Brasília), a ação caía 14,04%, para US$ 285,41, ou mais de US$ 140 bilhões. Essa queda coloca a empresa novamente abaixo do limite simbólico de uma capitalização de mercado de um trilhão de dólares.

    Caso Jeffrey Epstein

    De acordo com as acusações, entre 2002 e 2005, o bilionário pagava para que meninas fossem até os imóveis de luxo dele e realizassem atos sexuais. As menores também eram pagas para "recrutar" outras garotas.

    Dezenas de mulheres o acusaram de forçá-las a prestar serviços sexuais em sua ilha particular no Caribe e em suas propriedades em Nova York, Flórida e Novo México, nos Estados Unidos.

    Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein, afirmou ter tido relações sexuais com vários políticos e líderes financeiros proeminentes, incluindo George Mitchell, ex-senador dos EUA, e Bill Richardson, ex-governador do Estado do Novo México. Em 2008, ele confessou ter pedido para que uma menor de idade se prostituísse.

    Nomes de mais de 150 pessoas mencionadas no processo movido por Virginia foram mantidos sob sigilo até o ano ado, quando a juíza federal que supervisiona o caso, Loretta Preska, decidiu que não havia justificativa legal para mantê-los privados.

    Ao longo das investigações, não foi encontrada nenhuma evidência de que Trump estaria envolvido nos crimes relacionados a Epstein. Os dois mantiveram uma amizade durante os anos 1990 e 2000.

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