Como forma de fazer com que os americanos continuem consumindo, o projeto de lei dará aos contribuintes solteiros US$ 1,2 mil, e o dobro para os casados. Além disso, para cada filho haverá o auxílio de US$ 500.

Os benefícios seriam reduzidos em quantidades variáveis para os que ganham mais de US$ 75 mil ao ano. Os que ganham mais de US 99 mil não estarão cobertos pela medida, e existem limites para os que têm apenas um filho e para contribuintes que pagam impostos de forma conjunta sem filhos.

Seguro-desemprego
Com uma alta nas solicitações por seguro-desemprego de 3,3 milhões na semana terminada em 21 de março, o projeto amplia a cobertura para os americanos: será oferecido um valor fixo de US$ 600 por semana durante quatro meses para os desempregados, além do seguro-desemprego que receberão por programas estatais, cujos valores variam. A iniciativa também autoriza a continuidade do benefício por 13 semanas caso os pagamentos dos valores estatais sejam interrompidos, com duração limitada.

O projeto prevê a criação de um programa à parte, até o final do ano, para os que não puderem trabalhar por causa da pandemia, mas que não são cobertos pelos benefícios do seguro-desemprego, como os que trabalham com economia colaborativa, motoristas e os autônomos.

Auxílio às empresas e ao comércio
O projeto disponibiliza valores altos para auxiliar as empresas americanas, incluindo US$ 377 bilhões em ajuda às pequenas empresas e US$ 500 bilhões em empréstimos a grandes empresas e Estados. 

A queda nas viagens e o fechamento das fronteiras impactou a indústria da aviação comercial, que solicitou um empréstimo de US$ 50 bilhões.

Serão US$ 25 bilhões para as companhias aéreas, US$ 4 bilhões para companhias de transporte aéreo e US$ 3 bilhões para terceirizados. Isso se soma a outros US$ 25 bilhões em empréstimos às companhias aéreas e US$ 4 bilhões às empresas de frete aéreo.

Estão previstos outros US$ 17 bilhões em empréstimos e garantias para "empresas essenciais para manter a segurança nacional". Segundo o jornal "The Washington Post", isso inclui a Boeing.

Fundos para a saúde
Muitos acreditam que a economia não se recuperará até que o vírus esteja sob controle, e por isso o projeto direciona US$ 172,1 bilhões ao sistema de saúde. Isso inclui US$ 27 bilhões para a investigação de vacinas e tratamentos para o vírus, e outros US$ 100 bilhões para pagar o lucro perdido dos hospitais e provedores de serviços médicos, ou com os gastos não recuperados relacionados ao surgimento da pandemia.

Empréstimos estudantis
Os americanos devem se formar na universidade cheios de dívidas. O projeto de lei suspende o pagamento da dívida desses empréstimos estudantis até o próximo 30 de setembro. O Departamento de Educação também receberá US$ 30,8 bilhões para apoiar as escolas e universidades, fechadas em todo o país.

Sem benefícios para o presidente e outros políticos
O único grupo excluído dos auxílios é o dos líderes governamentais. O presidente, o vice-presidente, os membros do Congresso e do gabinete, e suas famílias, estão excluídos de receber empréstimos do Tesouro, ou apoio em negócios nos quais sejam donos de ao menos 20%. Os democratas acusaram inúmeras vezes o presidente americano de usar o seu cargo para aumentar a renda dos seus negócios, e a proibição é vista como uma resposta a isso.

Receba duas vezes por dia um boletim com o resumo das últimas notícias da covid-19. Para receber o conteúdo gratuitamente, basta se cadastrar neste link.

Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, esclareça dúvidas e confira como se proteger da doença.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais

RBS BRAND STUDIO