Rodrigo Lopes: 20 anos sem Diana

Uma outra investigação, realizada de 2004 a 2008 na Grã-Bretanha, também concluiu que se tratou de um "trágico acidente".

- Misteriosa Fiat branca -

As investigações revelaram que a Mercedes colidiu com um veículo pouco antes do acidente. Vestígios de tinta foram encontrados na limusine e na parede do túnel.

Um casal francês que estava perto do local do acidente contou à polícia que viu um Fiat Uno branco. Cerca de três mil proprietários desse modelo de automóvel foram interrogados pela polícia, sem resultado, alimentando as teorias conspiratórias.

Em 2007, o motorista foi identificado.

"O Fiat não foi responsável pelo acidente, mas foi atingido durante o acidente", revelou uma fonte próxima.

- A agitada história de um Mercedes -

Um livro intitulado "Quem matou a princesa Diana?", publicado em maio pela editora Grasset, revelou que o Mercedes que levava Diana teve uma história agitada.

O primeiro proprietário do carro, o magnata da publicidade Eric Bousquet, comprou-o em 1994. Três meses depois, o veículo foi roubado antes de ser encontrado acidentado em um terreno perto do aeroporto parisiense Charles de Gaulle.

O automóvel foi totalmente consertado e comprado por 40.000 euros pela Etoile Limousine, a companhia de limusines e veículos de luxo que alugou o carro para o hotel Ritz. Foi lá que Diana e Dodi Al Fayed jantaram nessa fatídica noite.

"Confiamos neles. Nos disseram que havia sido usada por um dos diretores da Mercedes França", disse à AFP o diretor da companhia, Jean-François Musa.

"Mas, rapidamente, nos demos conta de que o veículo tinha problemas quando ava dos 70-80 km/h", completou.

O veículo foi enviado para a Mercedes, que garantiu, porém, que estava funcionando normalmente.

"Usaram peças incompatíveis para reparar o veículo?", questiona Musa, garantindo que os investigadores da morte da princesa nunca o interrogaram sobre esse ponto.

Quatro meses antes do acidente, o carro foi roubado novamente, antes de ser abandonado em uma autoestrada. Foi enviado para uma concessionária que fez reparos da ordem de 17.000 euros e devolvido ao grupo Etoile Limousine e ao Ritz, onde foi escolhido para levar Diana.

Apesar disso, durante a investigação, nunca se falou sobre uma eventual responsabilidade da Etoile Limousine, ou da Mercedes .

* AFP

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