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– Manifestantes pacíficos foram feridos, detidos e inclusive mortos pelas mãos do seu próprio governo. Não há remédios, os hospitais não têm materiais e é difícil encontrar comida – declarou a embaixadora americana.

– Pelo bem do povo venezuelano, e da segurança da região, devemos trabalhar juntos para nos certificarmos que Maduro acabe com esta violência e opressão, e devolva a democracia ao povo – ressaltou.

Diplomatas informaram que não esperam que a reunião do Conselho estabeleça ações concretas.

Manifestantes opositores organizam diariamente desde 1º de abril protestos nas ruas do país, em meio ao colapso da economia do país e contra as medidas que, segundo eles, fortalecem o poder do presidente Maduro.

A escassez de alimentos e medicamentos se soma ao problema da inflação, a mais alta do mundo, que deve chegar a 720% este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, denunciou recentemente uma "verdadeira tragédia" na Venezuela. E em suas reuniões ou telefonemas com líderes latino-americanos, o presidente Donald Trump reiterou a sua preocupação com a situação no país sul-americano.

Os Estados Unidos concentram agora seus esforços na ONU, depois que o governo venezuelano decidiu retirar o país da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujos ministros das Relações Exteriores vão se reunir em 31 de maio para discutir a situação.

Um grupo de 15 congressistas americanos, democratas e republicanos, solicitou no início de maio que Trump levasse a crise na Venezuela ao Conselho de Segurança da ONU.

Em sua carta, os legisladores afirmam que se o governo Maduro se recusar a fornecer ajuda humanitária à população, Washington deve pressionar por uma resolução no Conselho de Segurança para aumentar a pressão internacional sobre Caracas.

Mas qualquer ação deve receber o apoio da Rússia e da China, membros permanentes do Conselho, com grandes investimentos na Venezuela.

"A situação humanitária na Venezuela é desesperadora", ressaltam os parlamentares na carta, lembrando que mais de 18.000 venezuelanos solicitaram asilo nos Estados Unidos em 2016, o maior número por nacionalidade esse ano, de acordo com dados oficiais.

Na terça-feira, oito senadores americanos apresentaram um projeto de lei que visa punir autoridades políticas venezuelanas.

Outra iniciativa na Câmara dos Representantes visa facilitar a obtenção do status de refugiado aos venezuelanos que já vivem nos Estados Unidos.

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*AFP

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