
"Cansei de homem", "preguiça de me envolver", "hoje em dia, só tem boy lixo". Se você é mulher, é possível que já tenha dito ou ouvido algo assim quando o assunto é relacionamento com o sexo oposto.
Este sentimento coletivo de desesperança que, muitas vezes, parece permear as relações heterossexuais recentemente ganhou um nome: heteropessimismo. O termo foi cunhado em 2019 por Asa Seresin, especialista em estudos de gênero dos Estados Unidos, que publicou um artigo sobre o tema na revista The New Inquiry.
Na definição de Asa, por mais que haja cansaço e desânimo delas em relação às vivências com homens, esse pessimismo é acompanhado pela prática paradoxal de manter a heterossexualidade em suas formas atuais. “A maioria se apega, mesmo quando a julga irredimível”, diz, em um trecho da publicação.