Desta vez, o foco é o cartel de Cali, que se fortaleceu com a queda do rival de Medellín. Ainda estamos na Colômbia, mas não veremos explosões, assassinatos de políticos e carnificina de civis: os irmãos Rodríguez Orejuela (que já apareceram em outros momentos da trama) eram conhecidos como "Os Cavalheiros de Cali", justamente porque preferiam fazer seus negócios com discrição. Eles compravam políticos, não os matavam.
Aliás, a história começa quando os irmãos anunciam aos seus subordinados que fizeram um acordo com o governo para, em seis meses, entregar todas as suas operações em troca de anistia. Nem todo mundo gostou da ideia, como os traficantes do Norte do Vale do Cauca, que aram a conspirar contra os chefes.
Quem não curtiu também foi nosso conhecido agente da DEA Javier Peña (Pedro Pascal), que vai à caça do cartel contra as ordens de seus superiores. Do lado da lei, Peña serve de elo com as temporadas anteriores e também de chamariz, já que Pascal virou um dos queridinhos da TV após sua carismática performance como Oberyn Martell em Game of Thrones.
Essa é uma das "liberdades poéticas" tomadas pelos criadores de Narcos – o verdadeiro agente Javier Peña não trabalhou na operação contra o cartel de Cali. A série é uma ficção baseada em fatos reais – segundo Eric Newman, a proporção entre realidade e ficção fica em 50-50. Então, ao fim, sempre dá aquela vontade de googlear o que realmente aconteceu. (Para sanar sua primeira curiosidade: sim, Pacho Herrera, interpretado por Alberto Ammann era mesmo abertamente gay.)
No ano que vem, Narcos vai ao México. E, de novo, não vai faltar pano para a manga.