TRAMA
Depois de sucessivas histórias ambientadas no eixo Rio-São Paulo, Benedito e Bruno foi ao sertão nordestino para apresentar sua novela. Velho Chico fez o Brasil reencontrar temas esquecidos e a discutir agricultura sustentável, coronelismo, corrupção nas cidades, etc. Tendo o rio São Francisco como pano de fundo, os autores falaram sobre a questão ribeirinha, o uso da terra, povo indígena e exploração do trabalhador rural. Embora distante da realidade sulista, são pontos presentes no cotidiano de parte da população brasileira. Além disso, teve todo um debate sobre ética e política bem atual. Os diálogos longos e fortes foram marcas da história contada pela novela. Leia mais sobre a trama.
ESTÉTICA
Paisagens deslumbrantes, cores vibrantes e um pouco de fantasia marcaram a obra. A apresentação de Velho Chico aproximou ainda mais a TV do cinema, com uma estética pouco vista em novelas, principalmente. Mesmo sendo uma trama atual, o diretor Luiz Fernando Carvalho não se furtou a usar a câmera lúdica que havia marcado outros de seus trabalhos como Meu pedacinho de chão e Hoje é dia de Maria. Leia mais sobre a estética de Velho Chico.
TRILHA SONORA
O que dizer de uma novela que reúne Caetano Veloso, Maria Bethânia, Tom Zé, Alceu Valença, Legião Urbana, Ná Ozzetti, Raul Seixas, Céu, entre outros? A escolha musical para compor a trama foi uma das melhores dos últimos tempos. Leia mais sobre a trilha sonora de Velho Chico.
ELENCO
Enxuto, o grupo de atores escolhidos mesclou grandes nomes da TV como Antônio Fagundes, Camila Pitanga e Christiane Torloni com gente do teatro (Domingos Montagner, Lee Taylor e Zezita Matos), do cinema (Irandhir Santos, Dira Paes e Selma Egrey) e novas caras (Gabriel Leone, Lucy Alves e Giullia Buscacio). A atuação deles foi coesa e todos tiveram espaço para aparecer. Além disso, ainda teve a participação especialíssima de Rodrigo Santoro em um de seus melhores papéis na TV brasileira.
DIREÇÃO
É de praxe as novelas serem conhecidas pelos seus autores, mas no caso de Velho Chico é a marca de Luiz Fernando Carvalho que fica. Sem a sua condução nada disso seria possível. É dele a sistemática de colocar os atores em um galpão instalado nos Estúdios Globo, no Rio, em uma série de ensaios exaustivos para compor os personagens. Assim como também é dele a concepção estética arrojada da trama.