Masterchef gaudério

Coxilha Nativista / Divulgação
Gujo Teixeira participa de concurso culinário na Coxilha Nativista

Antes da finalíssima no sábado, os músicos participaram de outra competição, fora do palco. No Parque Integrado de Exposições de Cruz Alta, artistas consagrados do regionalismo como Ita Cunha, Cristian Camargo, Marcelo Oliveira, Pirisca Grecco e a banda Yangos vestiram o avental para a segunda edição do concurso culinário Chef CCGL.

Eram sete equipes concorrendo por prêmios de R$ 500, R$ 300 e R$ 200. A brincadeira despertou o espírito competitivo dos músicos, que há meses vinham se provocando por meio de mensagens em um grupo do WhatsApp. Gujo Teixeira, compositor de Batendo Água (com Luiz Marenco), batia merengue para a sobremesa do grupo De Flor e Luna, com Jairo Lambari Fernandes, Mariele Teixeira e Charlise Bandeira. Deu ponto. A equipe foi a vencedora, com um filé ao molho de seis queijos e um doce de flores.

Duelo de virtuose

Thaís Quevedo / Divulgação
Yamandu Costa e Edilberto Bérgamo se apresentam na Coxilha Nativista de Cruz Alta 2018

A Coxilha Nativista privilegia desde o ano ado shows instrumentais. Músicos como Luiz Carlos Borges e Leonel Gomez se apresentaram no palco principal da festa, com com sucessos cantados, e também tocaram temas instrumentais na Praça Nativista, em frente ao ginásio José Westphalen Correa. Um dos momentos mais emocionantes do festival foi o show com Yamandu Costa, na noite de sexta-feira. O violonista se apresentou após a mostra competitiva, entrando no palco depois da meia-noite. Apesar do frio e do tempo úmido, o público não arredou pé do ginásio. Quem ficou até o final pôde assistir a uma performance de Yamandu com o gaiteiro Edilberto Bérgamo, virtuose da gaita-ponto - e também fornecedor de erva-mate uruguaia para o amigo radicado em terras cariocas. 

— Podemos oferecer um show como esse porque sabemos que há gente interessada em uma música mais densa, que precisa de mais atenção. Em parte, isso é também um reflexo de não haver interrupção da Coxilha em 38 anos. Com consequência dessa continuidade, houve um trabalho muito consistente de formação de público — avalia Graciela Vogel, da coordenação do evento.

A comunidade e o festival

Thaís Quevedo / Divulgação
Robson Garcia, intérprete de Inventário de Campo, música vencedora da Coxilha Nativista de Cruz Alta 2018

Entre as diretrizes da Coxilha Nativista para as próximas edições, está aumentar a presença do festival na comunidade também ao longo do ano. Para isso, a organização já realiza encontros e atividades em escolas da rede pública de ensino. O próximo o é também oferecer shows periódicos com instrumentistas renomados.

— A comunidade abraça o festival, se emociona e se sente parte dele. Sabemos que, para que isso continue ainda mais forte, é preciso estar presente no cotidiano da comunidade e das novas gerações — afirma o produtor cultural João Bosco Ayala.

Vencedores da 38ª Coxilha

Melhor música: Inventário de Campo (Intérprete: Robson Garcia. Letra: Juliano Santos e Michel Plautz. Melodia: Marcelo de Araújo Nunes 
Intérprete: Marcelo Oliveira (Rosa de Pedra)
Letra: Inventário de Campo (Juliano Santos e Michel Plautz)
Melodia: Inventário de Campo (Marcelo de Araújo Nunes)
Instrumentista: João Paulo Deckert (Rosa de Pedra)
Arranjo: Rosa de Pedra
Conjunto vocal: Quarteto Coração de Potro (Continuidade)
Indumentária: Pirisca Greco (Nobre Cavaleiro Andante)
Música mais popular: Rancheira de Domador (Intérprete: Raineri Spohr. Letra e melodia: Felipe Correa)

* O repórter viajou a convite da organização do festival

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