Outro ponto que, costumeiramente reúne muito público é a feira Mercadão do Produtor, no largo Zumbi dos Palmares, bairro Cidade Baixa. Para evitar tumulto, a organização reduziu as vagas de estacionamento pela metade, medida que propiciou corredores mais largos aos consumidores. Dos 52 feirantes, em torno de 40 compareceram ao local, ao lado da Avenida Loureiro da Silva.
Com a corrida vista aos supermercados nos últimos dias, o vice-presidente da feira, Paulo Gilberto Oliveira dos Santos, 61 anos, afirma que é esperado grande movimento até o meio-dia, o que justifica a ampliação dos espaços.
- Em 38 anos, eu nunca tinha visto algo assim, reduzir para receber gente gente - afirma.
Na última quarta-feira, em uma feira ao lado do estádio olímpico, bairro Azenha, o comerciante Luiz Kilpp, 58 anos, diz ter vendido o dobro do que em dias corriqueiros, reforçando a grande procura nos mercados.
As bancas do largo Zumbi dos Palmares também tem álcool em gel, recipientes dispostos próximo aos produtos, balanças e nos caixas, onde o dinheiro é manuseado.
- o dinheiro a de mão em mão, muito risco - complementa o atendente Paulo Alexandre Macedo Cardoso, 40.
Aos 86 anos, o funcionário aposentado da extinta Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), Floriano Rodrigues saudou a iniciativa.
- Ajuda muito. Eu compro sempre aqui, venho cedo, mas quem só pode vir depois precisa se cuidar, porque lota - sugere o idoso, com uma sacola de compras na mão, as 7h.
Duas redes, o Supper Rissul e o Macromix Atacado anunciaram horários específicos a idosos e demais pessoas do grupo de risco: entre 7h30 e 8h30, medida iniciada nessa sexta-feira (20). Neste sábado, a reportagem presenciou a iniciativa posta em prática. Pessoas que aparentemente eram mais jovens foram barradas na entrada de uma dessas lojas, na Avenida Independência, no Centro Histórico. Sem pedir identificação, o segurança questionava a idade do cliente. Crendo na boa fé de quem era interpelado, ele liberava o o.
- É ótimo, porque quando ta cheio a gente fica muito exposto - elogia Juarez Boff, 63 anos, profissional de instalação e manutenção de condicionadores de ar.
Quem se autodeclara portador de doenças crônicas como diabetes, asmático ou com outros problemas respiratórios também podem ar a loja.
Vizinha ao mercado, a pensionista Regina Cunha, 71 anos, nem precisou se identificar.
- Os guris me conhecem, venho sempre. Saio daqui e vou direto pra casa - explica, saindo com uma sacola de compras.
As lojas da rede Zaffari abriram meia hora mais cedo, também para atender idosos e de pessoas que integram grupos de risco. Itens definidos como “de higiene pessoal e do lar (álcool em gel, toalhas umedecidas, sabonetes antibacterianos, papel higiênico e água sanitária); e de alimentação (arroz, açúcar, massas, feijão, café e farinha de trigo), dentre outros" tem limitação na venda, especificações expostas nas gôndolas.
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