Traseira ficou mais alta

FICHA TÉCNICA

Motor: flex, três cilindros, com 75cv (82cv a etanol) e torque de 9,7 kgfm (10,4 a etanol) a 3000 rpm

Câmbio: manual de cinco marchas

Suspensões: Dianteira independente do tipo Mherson, com molas helicoidais e barra estabilizadora; na traseira, modelo é interdependente, com braços longitudinais e molas helicoidais

Rodas: 14”

Freios: circuito hidráulico em diagonal, servofreio a vácuo, ABS e EBD. Na frente, discos ventilados de 239mm (nas outras versões, 256mm). Na traseira, tambores.

Dimensões: comprimento, 3897; largura (com espelho retrovisor), 1893mm; altura (teto), 1464mm, entre-eixos, 2466mm.

Porta-malas: 285 litros

Tanque de combustível: 55 litros

Peso: 901kg

Aceleração: 0-100 km/h, 12,6 (12,3 com etanol).

Velocidade máxima: 168 e 170km/h (divulgada pela VW)

Preço: com frete, no Estado, é vendido nas concessionárias por cerca de R$ 35,5 mil

VW LUTA PARA CARRO RETOMAR VENDAS

A Volkswagen do Rio Grande do Sul, provavelmente pela origem alemã de parte do Estado, é vista pela própria montadora como uma das mais fortes do Brasil. Amarok e Saveiro, entre outros modelos, costumam ter mais vendas entre os gaúchos do que nos demais Estados. Com o Gol, porém, o fenômeno não está e repetindo.

Sistema multimídia aumenta um pouco o preço

No ranking nacional de junho, o veículo foi o quarto mais vendido no mês – atrás de GM Onix, Hyundai HB20 e o surpreendente Renault Sandero. Na lista estadual, ele aparece em sexto, atrás ainda de GM Prisma e Fiat Strada.

Apesar da melhora do carro, o Gol não teve como escapar da crise sem precedentes do setor automotivo. Em junho do ano ado, o veículo teve 7.291 unidades vendidas. No mesmo período deste ano, foram apenas 5.943. Em Porto Alegre, o Gol foi o sexto carro mais vendido do mês, com 303 unidades – líder, o Onix emplacou 630.

Reportagem rodou com o veículo durante 10 dias pelas ruas de Porto Alegre

Frota, o destino

A Volkswagen acredita que o modelo de duas portas represente menos de 20% do total de unidades comercializadas. O principal cliente são empresas que precisam de frota – os cerca de R$ 2 mil de diferença para um carro quatro portas fazem bastante diferença para quem compra acima de dez unidades.

O novo duas portas traz bons itens de série, como direção hidráulica, vidros elétricos, travamento central e limpador e desembaçador do vidro traseiro. Em termos de suspensões e freios, o Gol manteve a simplicidade e confiabilidade que o fizeram famoso nos anos 80. O veículo não está entre os mais macios do mercado, mas não se acanha frente aos buracos constantes das pistas brasileiras.

Assim como quartos e salas, os porta-malas ficaram muito menor ao longo dos anos. Mas não o do Gol

Com 285 litros no porta-malas, o Gol 2017 é mais espaçoso que muitos carros – o Jeep Renegade concorre com as SUVs, custa mais do que o triplo e comporta 260 litros. No design, a Volkswagen aposta em linhas mais esportivas, sobretudo na traseira, que ficou mais alta e com lanternas maiores. Os vincos nas laterais e no capô também ajudam no visual despojado

HISTÓRIA FENOMENAL

Desenho é basicamente o mesmo do carro surgido em 1980 e que, durante 27 anos, foi o mais vendido do Brasil

Quem tinha um carro com quatro portas, até o início dos anos 90, era visto como excêntrico ou burro. Mesmo “banheiras” como Opala e Santana tinhas duas portas. Por mais incômodo que fosse na hora chegar ao banco de trás veículo, consumidores acreditavam que era o mais adequado. A maior alegação era de que portas adicionais acarretariam mais barulho. Alguns temiam que crianças pudessem mexer nas maçanetas e, assim, causar uma tragédia. O fato é que, de acordo com dados oficiais, até 1991, 92% dos carros nacionais eram de duas portas. Com o Gol, não foi diferente.

Além de duas portas, o modelo surgido em 1980 tinha motor refrigerado a ar de 1.300 cm³ e 47cv (derivado do Fusca) e câmbio de quatro marchas. No ano seguinte, ganhou propulsor 1.6 de 67cv, Em 1982, o Gol duas portas ganhou sua primeira versão especial, para marcar a Copa do Mundo na Espanha. A primeira versão com motor de refrigeração líquida e câmbio de cinco marchas foi lançada em 1984. Em 1989, o Gol GTI foi o primeiro carro produzido no Brasil a contar com o sistema de injeção eletrônica. Nessa época, o automóvel era o mais vendido do Brasil. Até que, em 1992, o então presidente Fernando Collor de Mello permitiu a importação de modelos estrangeiros. Em menos de oito anos, os brasileiros começaram a perceber os benefícios dos carros com quatro portas. O próprio Gol ou a ter mais carros vendidos nessa versão do que na de duas portas.

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