Há casos confirmados de contaminação

Nem precisa falar nos aspectos humanos ou na responsabilidade do Estado por quem está sob sua tutela. Basta um raciocínio simples para entender por que um eventual surto de covid-19 no Presídio Central de Porto Alegre é um problema de todos nós. 

    Se tantas coisas bem maiores entram, seria ingenuidade pensar que o coronavírus fiaria do lado de fora.  Já há casos comprovados de contaminação nas galerias. E não há na cadeia lugar para atender e cuidar de muita gente infectada ao mesmo tempo. Logo, é possível concluir que, em caso de explosão de contágio, muitos detentos teriam de ser levados para emergências e UTIs que já estão sobrecarregadas, gerando um pressão que afetaria mesmo quem nunca ou perto de um presídio.

     Além disso, as consequências externas ao Central, que funciona como quartel-general de grupos e facções, são outro ponto preocupante. Nesse contexto, a decisão judicial que proibiu novas entradas e movimentações numa das piores  cadeias do Brasil faz todo o sentido, porque protege não apenas os apenados, mas toda a sociedade.

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