Agora a gasolina baixa? Analistas projetam mais redução no petróleo com decisão da Opep 
Agora a gasolina baixa? Analistas projetam mais redução no petróleo com decisão da Opep 
  • Depois de "anúncio" de alta não confirmada, dá para acreditar quando Bolsonaro diz que combustíveis vão baixar? 

    Depois de "anúncio" de alta não confirmada, dá para acreditar quando Bolsonaro diz que combustíveis vão baixar? 
  • Cotação de barril de petróleo é extremamente volátil. Mas até onde dá para enxergar, a tendência é de queda. Nos contratos futuros negociados na bolsa de Londres, os com vencimento mais longo, em dezembro de 2024, são cotados a US$ 66,71. A Petrobras, portanto, está sendo "conservadora", ou seja, optando pela decisão menos arriscada.

    Desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) confirmou o aumento da produção diária em 400 mil barris até abril de 2022, cresceu a pressão para que a Petrobras reduza os preços dos combustíveis nas refinarias, que já existia com a liberação de estoques estratégicos de cinco países, entre os quais os  Estados Unidos.

    Um dos motivos da demora foi exatamente a intervenção indevida de Bolsonaro, que gerou um processo istrativo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O objetivo não é revelado publicamente, mas é óbvio para quem acompanha o mercado de capitais: quando uma informação não compartilhada com todos os públicos aparece em canais não oficiais, há suspeita de informação privilegiada. Nas regras do mercado, nem o PR escapa.

    A correção nos valores é apresentada como um "presente de Natal", mas do jeito que veio, pode ser uma tentativa frustrada de agrado. Se o preço da gasolina é um dos muitos que costuma subir de elevador e descer de escada, com um reajuste mal visível a olho nu corre o risco de chegar ainda menos identificável para o consumidor.


    A política da Petrobras

    Para reajustar o preço nas refinarias, a Petrobras adota um cálculo chamado Paridade de Preços de Importação, adotado em 2016, no governo Temer. A intenção é evitar que a estatal acumule prejuízo com por não rear aumentos de produtos que compra do Exterior, tanto petróleo cru quanto derivados, como a gasolina. A fórmula inclui quatro elementos: variação internacional do barril do petróleo — com base no tipo brent, que tem preço definido na bolsa de Londres —, cotação do dólar em reais, custos de transporte e uma margem definida pela companhia, que funciona como um seguro contra perdas.


    Leia mais na coluna de Marta Sfredo 


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