
Foi decretada novamente a falência da Martau, indústria gaúcha fundada em 1961 e conhecida pelos ventiladores. Na primeira vez, a empresa conseguiu reverter a decisão questionando a assembleia de credores. Agora, a Justiça determinou a quebra, principalmente, por descumprimento do plano de recuperação judicial. Os credores não estavam sendo pagos no prazo estipulado, o ivo fiscal não foi negociado, as custas judiciais estavam atrasadas e a fábrica estava parada.
— A empresa foi atingida pela enchente, mas antes mesmo da tragédia a operação estava muito baixa. De janeiro a abril de 2024, o faturamento foi de apenas R$ 32 mil — explica o judicial da recuperação judicial Fábio Cainelli de Almeida, do escritório Cainelli de Almeida Advogados.
Agora, os bens estão sendo avaliados para ir a leilão. Um deles é a fábrica de Porto Alegre, onde fica a sede. O outro é maior, em Alvorada, onde a indústria nunca chegou a funcionar. Por fim, há a marca Martau, que foi forte por anos e ainda está na memória de muitos consumidores.
A dívida da falência supera R$ 20 milhões. A preferência é para pagamento de créditos extraconcursais, trabalhistas, com garantia real, fiscais e só então os demais, chamados de quirografários.

A recuperação judicial da Martau começou em 2019. A empresa ingressou novamente com recurso da decisão de falência.
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Coluna Giane Guerra ([email protected]) Com Isadora Terra ([email protected]) e Diogo Duarte ([email protected]) Leia aqui outras notícias da coluna