O hidrólogo da Sala de Situação do governo do Estado, Pedro Camargo, destaca ainda o contraste pelo qual o RS a, uma vez que foram quase quatro anos sob efeito do La Niña. O fenômeno provoca o resfriamento da água do Oceano Pacífico Equatorial, o que acaba por interferir nos padrões de chuva, provocando seca e estiagem.
— Agora a gente ou por El Niño e está sentindo os efeitos. A gente tem um período que foi intensificando a temperatura das águas. Já tem um mês que estamos em El Niño. De modo geral, a primavera já tem um aumento de intensidade e volume de chuvas no Estado. Com esse feito do El Niño tem efeito ainda maior — frisa.
Além dos efeitos do El Niño, o meteorologista do Inmet, Marcelo Schneider, ressalta outros componentes climáticos que têm influência no RS e em parte do Brasil.
— No sul do continente, na parte da Antártica, que a gente chama de oscilação Antártica, teve uma condição favorável à manutenção da agem de frentes frias que chegaram em setembro, principalmente no Sul. Chegando próximo do RS, cria esse contraste favorável a chuvas em parte do Estado ou do sul do Brasil. E outro componente é o Oceano Índico, que a gente chama de oscilação de polo do Oceano Índico, que está numa componente positiva que é favorável à intensificação do El Niño — afirma.